sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O glamour voltou.....

Eu tenho uma brincadeira recorrente com uma amiga... Toda vez que estou passando por um grande momento de stress, se estou presa em um engarrafamento monstro, sem condições de sair, água por todo lado, uma tempestade varrendo a cidade, eu mando um torpedo pra ela descrevendo a situação com a seguinte pergunta:
-“Querida, cadê o glamour?”
Pois bem, ontem recebi um torpedo dela que me fez rir, dizia o seguinte:
-“Sentada à beira mar, encontrei o glamour, saudades marítimas....”
Achei uma graça!
Esse ano foi complicado pra mim, ano difícil, trabalhoso, parecia ás vezes que até a natureza estava contra. Me peguei muitas vezes presa no meio de caos na cidade...morrendo de fome, cansada, sem bateria no cel... um porre!!
Foi difícil amorosamente também, tristezas, alguns tropeços, vááááárias recaídas. Trabalhei inúmeros feriados, todos os fim de semana dos últimos seis meses, fiz uma especialização na faculdade...... foi mesmo corrido.
Pois bem, com essas férias (mais que merecidas), também encontrei o GLAMOUR, mas não foi à beira mar.
Encontrei o meu glamour no carinho de e-mails, torpedos e ligações de amigos para desejar boas festas...amigos queridos desejando sinceramente saúde, amor, grandes realizações... Muita gente me ligou de longe, como o Beto, só pra dizer, coisa bacana de ouvir...
“-Você me faz falta, gosto de você, te desejo só o bem....”
Eu não sou católica, não celebro Natal, mas acho lindo esse espírito que baixa nas pessoas, essa coisa de lembrar, nem que seja só uma vez por ano, de quem se gosta, de quem se quer ter por perto. Acho lindo expressões de afeto nessa cidade tão cinza.
Quem como eu mora em são Paulo sabe que encontros são duros de acontecer.
Vide essa amiga e eu.. Já faz mais de 2 meses que falamos ao telefone todo dia, mas sem nos encontrar pessoalmente.
Ligar pra dizer que se gosta, desejar coisas boas, é mesmo um glamour...
A todos meus queridos amigos... Um 2010 cheio de coisas boas....

Glamour na vida?
Dizer eu pensei em você... te desejei o bem.


Bjos grandes...
l
o
v
e .

K.
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Reciclado.

Aquilo que é novo assusta, não sabemos como conversar, onde colocar as mãos, como rir. Nos sentimos acanhados e observados por uma lupa imaginária gigante.
Aquilo que é novo nos transforma, procuramos em nós mesmos o que há de melhor e ás vezes nos surpreendemos com reações que não sabiamos que teríamos. O novo também traz novidades sobre nós mesmos, sobre como olhamos a vida e também as pessoas.
Mas, se somos acomodados ou preguiçosos, desconfiados ou acanhados, ficamos com medo da mudança, afinal o conhecido pode ser chato, entediante, monótono, mas é tranqüilo, é terreno vastamente explorado, livre de sobressaltos e surpresas..
O novo arrebata você, te deixa de ponta cabeça, te faz falar mais rápido, pensar mais rápido, comer pouco, dormir pouco, cometer deslizes, mas ao mesmo tempo te dá aquela consciência de que você não está aqui por acaso, que existe um motivo pra os encontros e também para os desencontros que aconteceram na sua vida.
O novo vem ás vezes camuflado de medo, mas pode ser felicidade pura se a gente se permitir tentar.
Eu conheci muita gente nesse ano que está acabando, alguns foram somas, outros trouxeram perdas, mas de uma coisa eu me orgulho totalmente, eu permito que o novo entre na minha vida, porque pra mim, é o que me dá tranqüilidade de saber que não foi em vão.
Eu sempre briguei com o tempo, querendo mais, sempre mais... Hoje eu quero ainda, mais encontros, melhores amigos por perto, mais amores, mais coisas novas.
Quanto ao tempo?
Ele vai ter que me esperar,enquanto eu deixo o novo entrar.

Feliz ANO NOVO!!!
Bjos
K.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Guarda chuva e Jet Ski

Durante muitos anos eu morei em Tel Aviv, cidade minúscula mas totalmente cosmopolita.... Praia, exposições, bares, shows, cinema, teatro e muita gente vindo de todo lugar. Fazíamos quase tudo á pé e só pegávamos ônibus para realmente cruzar a cidade.
Hoje em são Paulo, me pergunto sinceramente o que estou fazendo aqui. Todo mundo diz que essa é uma cidade que nunca dorme, é verdade, mas também é uma cidade onde 12 km de distância e você pode talvez passar meses sem ver a pessoa que lhe interessa.
Hoje é um dia onde ninguém vai encontrar ninguém, estamos ilhados, caos geral, estado de alerta, só está bem quem está em casa, sozinho.
Hoje os amores não vão se abraçar, os amigos não vão fazer happy hour, os trabalhos da faculdade não vão ser entregues, os empregados não vão conseguir manter o prazo do projeto. Se você resolveu nascer justo hoje, nessa cidade, é bem provável que você nasça no carro. Coisa nada glamorosa, se bem que vai lhe render seus 15 minutos de fama instantânea no noticiário na TV. Cidade Alerta, quem quer ser famoso por isso?
Nada funciona na cidade que nunca dorme, qual é a vantagem? Qual é a sincronia de se sentir sozinho na multidão?
Quero ver meu querido. Ele está de um lado, eu do outro, seria mais fácil se morássemos em países diferentes.
São Paulo afasta os amores.
Saudades das tardes mornas em Tel Aviv, vendo o por do sol da janela de casa...
Saudades de estar perto de quem quero bem.
Aquilo sim é que era vida.

bjos pra todos
K.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ligação perdida.

Hoje mandei meu último torpedo para o Ypsilone.... Eu sei, eu sei que já havia prometido antes que não ia mais ligar, mas o verão sempre me deixa esperançosa e as luzes iluminando a cidade me dão uma certa nostalgia de tempos onde a gente se importava.
É muito triste notar que uma relação pode virar nada. E quando digo nada é isso mesmo, com toda a aspereza que a palavra invoca.
Nada de assuntos em comum, nada de noticias boas para serem comemoradas, nada de risadas ou segredos compartilhados. Quando é nada, não tem nada. Só o silêncio.
Eu quis ainda resgatar aquele último fio de contato, aquele: - Olha quero te ver bem. Mas isso também não foi possível, porque o nada é acesso negado. É como se o outro estivesse na área vip de uma festa e você não estivesse na lista de convidados.
Eu acho triste quando chegamos aqui, laços desfeitos, mágoas guardadas, caminhos desencontrados.
Sou uma eterna otimista, acho que o querer bem transborda tudo isso, e mesmo que o outro não ouça, de uma forma ou outra, chega até ele.
Não gosto de “adeus” definitivos.
Sou uma mulher de até logo...ou até mais.
No máximo sempre desejando:
Que você seja feliz.

Bom fim de semana.
bjos
K.
...................

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ATA-ME!

Hoje abri a Playboy com a Fernanda Young...Um des-bun-de!
Linda e poderosa Fernanda fez fotos em preto e branco mostrando a boa forma e as tatuagens.
No mesmo dia, ouço anunciar que Geisy ( a menina da infame mini-saia da Uniban ) também fechou contrato com uma revista. Fiquei tiste.
Explico. Enquanto Fernanda transgride e provoca, bem dona de seu nariz, em fotos publicadas escolhidas a dedo, a menina Geisy é somente um sub produto do caos. Fernanda é bela e forte, escritora, mais de 10 livros publicados, host de um talk show, autora de programas de TV, mente pensante e instigante nesse nosso Brasil... E Geisy? Sub produto da miséria, dona de pernocas bronzeadas, vai fazer de seu legado transformar em piada nacional a agressão á que foi submetida, e agora fica uma tarefa inglória para nós, que nos colocamos á seu favor, rebater o coro imenso de gente dizendo :
-Viu? Ela pediu e teve o que mereceu!
Eu ainda acho que nenhuma mulher ( de mini-saia ou sem mini- saia) deve passar por esse tipo de abuso, NUNCA, JAMAIS! Só acho triste que minha querida Geisy não tenha notado a grande oportunidade que perdeu, de se fazer valer, como mulher, como indivíduo, colocando seu cérebro á mostra em vez das partes que a mini-saia cobriu.
Existe uma grande diferença entre a beleza de Fernanda e a tristeza de Geisy.
Enquanto Young se mostra e continua dona de si mesma, Geisy tira a roupa e nos cobre de pena.
O mundo das mulheres é enigmático, nem sempre uma ação provoca a mesma reação.
Viva Fernanda Young , amarrada e tão livre!

Para Geisys e afins.
Bjos
K.

sábado, 21 de novembro de 2009

Aos poucos vai...

Acho que todo mundo pelo menos uma vez já encontrou “aquela” pessoa especial, aquele um, que te causa calor quando você pensa e dor quando você lembra, e muita, muita saudades sempre. É a sua “pessoa segredo”, de quem você prometeu não mais falar, jurou não mais pensar, mas que em uma madrugada no bar, você acaba de novo, confidenciando pra sua melhor amiga que sim...ele ainda te faz muita falta.
Eu obviamente tenho uma figura assim na minha vida e sei o quanto é ridículo esse processo do “não vou mais”....
Não vou mais ligar, não vou mais me importar, não vou mais procurar e por aí vai. Só fica pior quando vem seguido das desculpas patéticas do:
-Eu tive que ligar porque me disseram que o bairro onde ele mora é o mais contaminado com a gripe suína.....
Ou: -Eu li no jornal que um furacão está se aproximando de Bangladesh e ele me disse uma vez que gostaria de conhecer o lugar....
Sim, muito triste eu sei, mas me aconteceu algo que me fez pensar que não estou sozinha nesse barco.
Tem alguém que liga pra mim com as mesmas desculpas absurdas que eu ligo para o outro e nem sempre atendo a ligação desse, porque estou pensando no Ypisilone.
Quem me chamou a atenção sobre isso foi a Xexa.... Ela me perguntou:
- Você gosta quando o Y faz isso com você?
E foi aí que me atingiu, como um raio...
Nós nunca achamos que estamos magoando o outro lado, porque acreditamos que somos muito legais e mantemos conversas intímas (com nós mesmo) certos de que o outro sacou o sinal....que o outro lado captou tudo! Todas as nossas intenções camufladas em linguagem corporal.
Ah, como somos bacana e deixamos tudo ás claras não?
Pode até ser, mas normalmente não.
Seu sinal pode não ser tão cristalino, você pode não ser tão boa comunicadora, ou o outro ser cego, ou masoquista, ou apaixonado, ou maluco, ou vidente ou sei lá.
O que eu sei, é que depois de mais um pileque, mais uma promessa frustrada, mais uma ressaca moral, decidi o seguinte:
Vou prestar mais atenção nos sinais que mando para os outros... e melhor, vou ser mais gentil com quem me quer bem.
De resto vou parafrasear o Chico:

“João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.”


E assim sigo eu...
você ,
o Ypsilone,
o outro....
Bjos K.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

SE...indica condição.

O calor deixa a gente mole....
Tem gente que fica irritada, outros preguiçosos, alguns colocam para fora o que há de pior....há ainda aqueles que ficam á flor da pele, em vários aspectos...
O calor mexe mesmo com a gente.
Eu não sou exceção, ando também esquisita, quase não me reconheço....O calor me trouxe algo que eu não estou muito acostumada...
O calor me trouxe calma.
Eu não ando com saudades de ninguém, não quero falar nada, nem tenho vontade de sair toda hora...Não que eu esteja enclausurada dentro de casa, mas estou tranqüila, resolvendo as coisas como e quando elas acontecem.
Esse ano que passou foi ‘pauleira’, me encantei por quem não podia, me dei pra quem não merecia e confiei em quem não devia. Foi um ano repleto de tropeços e sobressaltos. Um ano de muitas topadas e algumas lágrimas...Tanto que meu coração velho de guerra andou reclamando saindo fora do ritmo.
Com essa onda absurda de calor, não sei o que me deu...sosseguei.
Resolvi ficar mais atenta ás minhas vontades, resolvi prestar mais atenção nos detalhes e descobri que se tivesse feito isso antes, não teria me importado tanto com esse ou aquele...Saberia de cara que não é pra mim.
Todas nós temos uma lista interna embutida, uma lista de compatibilidades e desejos, que muitas vezes deixamos de checar na pressa de “algo novo acontecer”, estamos tão na correria do “se” que não percebemos que nos atropelamos diariamente, deixando de lado aquilo que REALMENTE queremos...
SE ele me ligasse...
Se eu não fosse..
Se meu chefe falasse
Se meu ex voltasse...
Se eu ganhasse mais...
Se eu perdesse peso...
Se meu cabelo fosse liso/cacheado/ondulado/preto/loiro/ruivo
Se eu morasse em outro lugar...
Se eu falasse alemão...
Se ele quisesse sair...
Se ele me amar...
Se eu gostasse dele
É aí que mora a grande cilada, sem checar a lista, não é novo,é somente o “velho quebra galho” disfarçado.
Estou mais atenta ao que me cerca, percebo mais as sutilezas das coisas que me acontecem, meu coração está batendo no ritmo de novo.
O calor me fez mais sábia...
O que posso dizer?
Esse verão promete.

De tudo um pouco...
Beijos K.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Iluminatti.

Eu sei que para muita gente, o apagão, que aconteceu no Sudeste do país foi uma coisa assustadora...mas para mim foi incrível, eu simplesmente a-do-rei!
Saindo da faculdade, no meio da rua Consolção e puf....acabou! Por um segundo ficamos meio perdidas ( eu estava com duas amigas) mas passado um pouco, veio aquilo que eu não sabia que sentia falta... Veio o silêncio.
Isso mesmo, por algumas horas, a cidade aquietou, parou de rugir, de mover as engrenagens enferrujadas. Eu notei a lua, e depois de um tempo, percebi que a luz que vinha dali era mais que suficiente pra me amparar nos cruzamentos da cidade. Os malucos queridos, que surgem não se sabe de onde, se fizeram notar ajudando/atrapalhando o transito, fazendo pequenas manifestações, enchendo a escuridão de risada. Alguém viu os ajudantes de trafego voluntários na Pacaembu?
Fui com minhas amigas jantar, estávamos comemorando o último dia da extensão na PUC. Foi bárbaro, jantar a luz de velas, muita risada e dava até pra cochichar segredos.
Ontem a cidade parou, deu um tempo.

Ontem eu consegui ouvir meus pensamentos.
Ontem meu coração sossegou.
Ontem foi feito para mim.

Quero mais dias assim....

Boas...bjos.
K.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Novo dicíonário de promessas...

Ela prometeu que todo dia fazer uma coisa nova.
Não ia mais passar ali, jurou.
Não abriria mais o e-mail esperando por resposta dele.
Não deixaria mais de fazer happy hours com as amigas porque tinha que acordar cedo no outro dia.
Não evitaria que lhe fossem apresentadas pessoas novas.
Iria á todas as exposições de arte que gostava, não usaria mais a falta de tempo como desculpa. Assistiria á peça de teatro do amigo que adorava e não via sabe lá há quantos meses.
Pararia de fumar, pelo menos depois da aula de yoga. Beberia menos e com certeza, deixaria mais o celular em casa.
Não ouviria mais as bobagens de quem a irritava mortalmente (não mais se irritaria por bobagens)
Ligaria para quem tem saudades e faria finalmente aquele churrasco que vem prometendo para todos há séculos.
Se preocuparia menos com a situação caótica daquilo que não pode mudar (mas, tentaria assim mesmo, sem sofrer).
Voltaria a nadar, de preferência no mar.
Leria todos os livros que tem colocado ao lado da cama, estudaria finalmente aquela língua nova, faria mais uma especialização. E outra, e outra...
Falaria ao telefone por horas á fio com Israel, mataria a saudades de ouvir aquela risada amiga. Contaria que sente saudades e que pensa todo dia na barriga dela crescendo, e se emociona na rua quando faz isso.
Começaria aquele trabalho voluntário.
Comemoraria as coisas simples, deixaria de lado o que fosse complicado.
Entenderia finalmente que opostos, são opostos e apostaria em algo igual.
Não diria sim pra ele.
Diria não pro outro.
E com aquele lá, aquele que a deixava acordada,ficaria quieta.
Bem quieta mesmo. Palavra! “ Promessa de escoteira”.
Seria assim... Ia acordar para aquilo que lhe dava mais prazer.
Agora que faz sol, jurou, ia cumprir...
Ela se prometeu!

respira fundo e mergulha!
bjos
K.

domingo, 1 de novembro de 2009

E a gente achava que podia!

Uma coisa hoje me deixou horrorizada, o episódio da menina que teve que ser escoltada para fora da faculdade Uniban pela polícia porque foi assistir aula de mini –saia.
Eu explico o porquê do horror, qualquer um que assistir ao vídeo vai sentir vergonha, isso mesmo, absoluta vergonha, das futuras “mentes pensantes “ do nosso país.
Eu imagino a tal menina em casa, antes do fatídico episódio, toda feliz da vida em frente ao espelho, satisfeita porque o tempo abriu e está um calorão, colocando a tal sainha, e olhando para as pernocas bronzeadas. Mal sabia a pobre, que nesse dia, em uma faculdade particular, ela iria ser recebida por um coro enfurecido de centenas de pessoas que gritavam juntas – PUTA! PUTA!
A policia foi chamada, para garantir que a moça conseguisse sair do Campus em segurança.
Caraca!! Amigos, escondam-se, viramos o Afeganistão...
Meninas, modelito de verão agora é BURCA!
O nosso pais tropical, hoje em dia comporta” machinhos” donos da moral e bons costumes.
Você ao sair , pare antes na rua de sua casa e pergunte pelo menos para cinco vizinhos (entre vinte e trinta anos) se sua roupa está de acordo. Porque amiga, se não estiver, vamos chamar a POLICIA para você!
E tem mais, se você é assim como eu, gosta de um decote, ou acha que verão combina com biquíni e shorts, vestidinhos leves e mini-saias..só uma coisa eu te digo... PUTAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!
Ao coro enfurecido de alunos (e sim, para mais vergonha ainda, de ALUNAS) um conselho:
Porque vocês não usam essa força em massa e fazem algo útil como trabalhar com menores carentes ou animais abandonados? Uma faculdade trabalhando em conjunto como vocês demonstraram saber fazer, pode fazer toda a diferença.
Ou façam o mesmo coro diante do palácio do governo ou do Senado, mudem algo para melhor.
Antes PUTA com pernocas bronzeadas, do que MAL COMIDAS e MAL AMADOS de plantão...

Citando Cazuza:
SENHOR PIEDADE, PRA ESSA GENTE CARETA E COVARDE!

A Geyse, a moça da mini-saia, o meu abraço!
Bjos K.

http://www.youtube.com/watch?v=4jfLMrpHM1I
.......................VERGONHA!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

360 graus.

Essa semana passei por emoções fortes..
Reencontrei amigas de infância que não via há vinte, vinte e cinco anos.
Isso mesmo!...Um quarto de século se passou e a Internet fez com que nos achássemos nesse mundão.
Foi deleite puro, depois do abraço apertado que durou muito tempo, veio a tranqüilidade de sentar e contar tudo que a vida fez.
Histórias não faltaram, fotos de filhos, ombro acolhedor por separação, choro conjunto pela perda de pai, risadas relembrando pequenos momentos da adolescência...Tanta coisa, tantas lembranças, tantas emoções (sim pra uma hora dessas vale até citar o Rei Roberto!)
Estou dois dias sem dormir, ainda processando os acontecimentos na cabeça.
Engraçado notar, que certas pessoas passaram pela sua vida e que aquele sentimento que uniu vocês meninas era verdadeiro, tão verdadeiro que durou até hoje, e que mesmo com tanto tempo entre nós, a confiança e o carinho continuaram. Foi bonito sentar e contar, sem medo de ser feliz, tudo, tudo mesmo que aconteceu, e ver refletido naquela pessoa, a solidariedade e a felicidade pela vida que você viveu.
Olhar de frente alguém que te quer bem, mesmo que o mundo tenha dado mil voltas é maravilhoso!
Estou emocionada, feliz e com o coração em paz.
Que posso pedir mais?
Para Bets, Ana e Nane.
Já não era sem tempo!
Bjos K.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Goteira

Meu querido,
Ontem tentei te ligar algumas vezes, fiquei presa no trânsito caótico da cidade com chuva e no carro ao lado tocava aquela música, daquela banda que você adora...Sabe qual? Pois é, me deu uma saudades tão dolorida que liguei.
Liguei uma, duas, três vezes, mas você não atendeu, dava ligação perdida...Quase tão perdida quanto eu fiquei imaginando se foi o sistema de telefonia ou você mesmo que não queria que conversássemos.
Se você me perguntasse o que eu tinha pra dizer, assim á queima roupa, eu ficaria sem saber como responder, porque não tinha nada programado, na verdade liguei no impulso, na força de atrito da minha saudade.
Ouvi dizer que você anda bem, apesar de. Eu quis procurar saber mais, mas achei melhor deixar pra lá. Com certeza, se você quisesse que eu ficasse a par dos detalhes, você me diria pessoalmente.
Eu também estou bem, apesar de. Coisas boas aconteceram e gente bacana apareceu, mas se eu for te ser muito sincera, e você sabe e se sente desconfortável com minha sinceridade, sinto saudades do seu humor rápido que sempre capta minhas segundas intenções. Você é tão inteligente!
É bem verdade que faz tempo que desligamos o telefone de forma brusca, verdade também que eu sou bem mais explosiva que você, verdade que você disse que... e eu disse também. Sim tudo é verdade. Mas a verdade mais concreta hoje é que sinto falta de você.
Você acha que vai chover? Dias de tempestade sempre trazem você até minha casa.
Esperamos então pela chuva brava.
Bjos
K.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Só para convidados.

O salão de festa estava fechado...Ultimamente haviam muitas propostas, promessas de grandes festividades, regadas a bebida e música, muita comemoração que na verdade não se realizaram.
Os acordos foram fechados via e-mail, torpedo ou telefone, mas ao vivo, não era bem assim, os contratantes mentiam á respeito do verdadeiro motivo a ser celebrado ou simplesmente marcavam, cheio de perguntas e promessas grandiosas, celebrações imaginárias que incitavam festejos que iriam até a madrugada, homenagens sem fim, para no final o quê? Não aparecer! Deixar um salão arrumado, decorado e sem ninguém.
Quebra total de contrato.
É bem verdade que festas não faltavam, comemorações pálidas diante da proposta de aquele ser um salão do mais alto luxo. Ninguém que passara por ali ultimamente era á altura do lugar.
Abrir um salão daquele para aqueles festejos tímidos era até uma ofensa!
Qual foi a sábia decisão a ser tomada? Fechar o salão!
Não era definitivo, nem tampouco foi algo feito com tristeza. Triste mesmo é ver o lugar ser usado sem o glamour verdadeiro que merecia. Ninguém abre um espaço cinco estrelas para uma convenção de palhaços. Sendo assim, a dona, que já tinha visto muitos lugares encantadores na vida, resolveu esperar essa época de vacas magras passar. A crise afetou á todos, até mesmo o salão que é um lugar magnífico de se comemorar.
Quem passa na frente hoje ainda consegue ver na fachada a proposta grandiosa á que o lugar se dedica. Mas quem chegar mais perto vai ver, em letras tímidas na janela...”Fechado para balanço”
Ficava feio escrever que ali, só para grandes festas, para convidados VIP.
A arte de receber bem é saber selecionar quem vem visitar.
A dona sabendo disso espera tranqüilamente dias melhores, que virão, ela sabe, com a experiência de quem já festejou muito.

Bjos
K.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Aos poucos a gente aprende.

Já reparou como muitas vezes o que te define são as sombras?
Você pode fazer tudo certo, andar sempre na linha, ser do bem, mas se um dia, te pegam do avesso e você dá um piti, é desse dia que todos vão lembrar. Você deixa de ser a médica, a advogada, a jornalista, a dentista ou qualquer “ista” bem sucedida e passa a ser a louca. Não importa se você ajudou a salvar uma família da enchente ou descobriu a cura para a mediocridade mundial sozinha. Um pitizinho só e foi... ladeira abaixo sua boa ação e reputação.
Quem consegue lembrar fácil de uma nova palavra aprendida? Eu sei bem como é, mas erre uma vez, uma única vez em público e pode ter certeza, você nunca mais esquecerá como se diz calota em grego ou anchova em alemão.
Você pode ser a melhor filha do mundo, fazer tudo que a sua mãe quis, se formar em administração só porque ela gostava (quando na verdade você queria ser passista de escola de samba), mas, uma única vez chegue em casa tarde para um jantar de Natal porque estava com o novo namorado e para sempre você vai ser lembrada na família como aquela que não se importa.

Eu nunca fui uma adolescente boazinha, eu era meio esquisita e da "pá virada", mas até hoje, aos 40 anos, a mãe da Xexa ainda acha que sou má companhia, tudo porque quando moravamos juntas em Israel, eu cortei o cabelo da Xê quase careca (óbvio que foi ela quem pediu!).
Não importa quantas coisas boas eu e Xexa fizemos juntas nos últimos 200 anos...e foram muitas! A mãe dela vai sempre me culpar pela Xê ter raspado a cabeça aos 19 anos.
Gente! Faz 181 anos isso!! Tudo bem que a gente se meteu em algumas roubadas...Mas, estamos aqui sãs (?) e salvas!
No amor é assim também, você pode ser centrada, bacana, companheira, bem resolvida, amiga, confidente...Tenta uma vêz só sofrer de carência TPêMica pra você ver....
Eu sou uma fã incondicional do povo sem noção... aquele povo que faz o que quer, quando quer e que se exploda o resto..Aquele povo que usa guarda chuva em dia de sol e anda rindo sozinho no meio de tempestade. São eles que têm o verdadeiro segredo da saúde mental...o botão do FODA-SE. Coisa linda não se importar com o que vão falar... Eles é que são felizes de verdade.
Porque, é como eu disse pra um bonito que já passou:
-Se é pra ganhar a fama, então "v'ambora" deitar na cama.
Tem dias que me sinto a MADONNA!

****podempararosflashesplease...

E pode passar. Eu vou demorar!
Bjos K.

O outro lado do espelho.

Conversando com uma amiga indignada porque mais um relacionamento dela tinha ido por água abaixo, me veio a inspiração para escrever esse texto.
Minha amiga é super organizada, gosta de tudo no lugar, nunca se atrasa, não bebe, nem fuma e para ela, um dia perfeito é ver um filme francês e depois tomar um café na Pinacoteca. Pois bem, ela se encantou por um skatista, roupa larga, alargador de orelha, que fala um monte de gíria e adora passar tardes fazendo rapel. Ela me pergunta aonde foi que errou...Lógico que de fora, fica fácil achar o ponto onde esse romance azedou...Mas ela não notou, porque ainda está no encantamento de “os opostos se atraem”.
Verdade, os opostos realmente chamam a atenção um do outro, mas eles também têm a imensa capacidade de enlouquecer a outra metade. Passado aquele primeiro momento do encantamento e das descobertas, tudo o que parecia engraçadinho e “fofo”, passa a ganhar cores fortes até quase virar caso policial. Não pensem vocês que minha amiga está sozinha nesse lugar, nãooooooo...Eu também sou especialista em gostar daquilo que me é totalmente estranho. Quando menina, em Israel, morei um tempão com um cara super gente fina, que era calmo, tranqüilo, discreto, bom moço...Nossa casa vivia em um silêncio harmonioso e eu quase ENLOUQUECI!
Não haviam coisas feitas fora de hora, não haviam discussões acaloradas, debates por pontos de vista distintos, briguinhas que terminavam entre lençois...Somente, paz e amor e rotina... Parece fácil? Não foi! Eu preciso de barulho, de bagunça, de risadas altas. Aquele ar de mosteiro Tibetano me deixava quase surtando. O paraíso de umas, era meu inferno pessoal.
Acho que o certo é, logo no começo já mostrar quem se é de verdade.. O erro da minha amiga foi que mesmo detestando, ele ia ver o tal namorado andar de Skate horas á fio... E passado um tempo, quando ela reclamou que achava um porre, ele surpreso respondeu: Achei que você adorava! Meses de enganação para agradar!
Não se deve em um relacionamento “vender gato por lebre”, é óbvio que existem concessões, você vai pelo prazer de estar na companhia do outro...Mas daí a fingir AMAR música sertaneja, quando na verdade você gosta mesmo é do bom e velho Rock’n Roll... já são outros quinhentos.
Não tem nada errado em ser diferente, só não vale fingir ser igual pra depois fazer dessa equação uma batalha de opostos.
Como dizia o tal músico: “ Saber amar, saber deixar alguém te amar”
E pra isso não dá pra fingir.

Hoje tô querendo mais..
bjos K.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Casa Vazia....

Hoje estou um pouco triste....
Uma vizinha mudou da rua, ela descobriu que o marido teve um caso extraconjugal e em um acesso de raiva levou a casa toda embora, todos os móveis, plantas e carros...Ela só deixou para trás uma coisa: a Pitbull do casal, Nina.
Pois é, essa Pitbull extremamente dócil e amorosa, foi abandonada na raiva da traição... A Pitbull foi comprada pelo marido, e a mulher não queria levar com ela nada que lembrasse o ingrato malfeitor.
Nina está lá, sozinha, em uma casa abandonada, como uma lembrança constante de um lar desfeito. Nós os vizinhos a alimentamos,tentamos dar carinho, mas Nina não quer fazer nada, passa o dia deitada quietinha olhando o portão. Pra mim, que ela fazia a maior festa quando me via..sobrou só um balançar de rabo tristonho.
A Nina foi o que sobrou do lar desfeito. Ela está pagando o saldo da relação mal resolvida...Mas amorosa que é, a Nina não condena nem um lado nem outro, ela somente fica lá, observando, á espera de que alguém se lembre que amar é também cuidar e a venha levar de volta para casa.
Quem souber de um lar muito bacana, pra uma Pitbull preta, vacinada, castrada e muito, muito meiga...favor me avisar.
Os amores vão... a Nina ficou.
Bjos
K.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Chuva Forte.

Janaina abriu o jornal com preguiça, o dia estava morno, nada pra fazer, ia ficar na cama.
Abriu o jornal sem intenção de nada e foi com surpresa que deu de cara com uma foto dele, estampada em uma coluna qualquer, segurando uma criança todo contente. Janaina sentiu o coração bater acelerado e dolorido. Há quanto tempo não se viam? Uns três anos talvez. Cálculos mentais rápidos e sim.. Aquela criança era o filho dele.
Janaina primeiro sentiu vontade de chorar, na verdade nem sabia ao certo porque...Nunca tinha pensado em ter filhos com ele. Analisando o mais friamente a emoção,Jana percebeu que o choro contido trazia represado a promessa do que poderia ser e não foi. Ali naquela foto discreta no jornal, estava toda a negativa dele, todo o pouco se dar, toda a falta de interesse que acabou com ela e afastou os dois.
Aquela foto representava a prova de que a vida dele seguiu adiante, sem nenhuma lembrança dela. E embora Janaina ainda pensasse nele quando ouvia certas músicas, quando passava na Marginal, quando revia certos conceitos, ela percebeu que na memória dele já não havia lugar pra ela.
Jana fechou o jornal, deitou-se na cama e chorou.
No banheiro o som da água cessou, era o novo amor de Jana, que voltou pra cama correndo. Ela se aninhou em seus braços e se sentiu amparada.
Tentou se manter calada.
Existem amores que doem, quando o tempo muda, como feridas antigas.
E lá fora, começou a chover torrencialmente.

Esperando dias de sol...
Bjos
K.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O vácuo.

Nesse feriado prolongado aproveitei para por em dia a saudades de amigas muito queridas que não consigo ver normalmente por causa da correria da metrópole. Mesa de bar, um monte de mulher, e uma delas (que eu adoro!) conta a seguinte estória;
O ex-namorado a convidou para uma sessão de teatro com os amigos, eles estão separados há algum tempo, mas ainda não é definitivo, existem recaídas. Bom, no tal teatro, o moço estava todo animado numa conversa com uma bonita e nem notou minha amiga, um sofrimento.
Na mesa do bar, ele me olha e diz:
-Foi aí que notei que acabou mesmo!
Eu quis saber porquê.
Ela do alto de muita análise me diz; -Se ele não se deu ao trabalho, não tirou um minuto do tempo dele, nem para tentar me fazer ciúmes, ele se sentiu tão á vontade de flertar na minha frente que percebi que nossa história chegou ao final. Ele não perdeu nem mesmo um momento sequer pensando em mim, nem que fosse para planejar uma pequena vingança.
Entendi o que ela quis dizer.
É o NADA.
A bactéria mais letal para qualquer relacionamento. Nada é aquele momento “salve-se quem puder!” É quando você olha no olho do parceiro e vê tudo, menos vocês dois. Nem lembrança do que vocês já foram, nem vontades que possam vir a ser.
O nada é mortal. Não sobra espaço pra sensação nenhuma.
O nada é o vácuo onde se cai antes do esquecimento.
Minha amiga sofreu por dois minutos, na verdade ela também buscava um final, mas esperava que viesse antes por parte dela. Tudo bem foi desagradável, mas foi no ego, e mulher de ego ferido sempre arranja força para partir pra outra. Mas o NADA ficou ali, batendo na minha cabeça e me peguei pensando nisso.
Um dia tanto amor. No outro nada.
Somos mesmo seres muito estranhos.
Minha amiga está bem...Achei até que mais bonita.
Ela é divina... E merece tudo.
Pra ela o nada pode ser um bom começo.
Amiga, um beijo.

K.

sábado, 10 de outubro de 2009

A pequena história de João.

João era músico e quase fez sucesso. Ele também quase se apaixonou e quase virou pai. Ele queria muito viajar e quase foi morar nos Estados Unidos, queria aprender línguas e quase conseguia falar alemão. João não gostava de beber porque uma vez quase, quase ficou de porre. Queria dizer o que pensava e quase se manifestou. João achava que gostava de coisas novas e quase experimentou.
Um dia João a conheceu e foi uma comoção... Ela que tinha dito tudo que queria, já tinha viajado o mundo pra cima e pra baixo, já tinha quebrado muito a cara e o coração, já tinha bebido demais, se dado demais, se manifestado demais.
Ela que ria solta...ELA.
Ela olhou e gostou dele e dos quases. Ela o achou diferente e divertido.
João olhou pra ela e quase sentiu algo e por causa disso quase teve medo e então, João quase sentiu raiva.
Quase.
João quase disse sim.
João quase disse não.
O que aconteceu então?
Ela, depois de se declarar, foi viver, porque não sabia esperar.
O quase não bastava, ela precisava de mais.

Ela foi feliz.
Ele quase.

*pra um pássaro de asa quebrada.
**quase.
K.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Contrato

Depois de perguntar para vários amigos á respeito de traição, eu descobri algo que me deixou contente. Não existe manual, regra básica de concordância. O que existe na verdade são contratos entre pessoas. Eu explico...
Existem casais que fazem um contrato de total fidelidade, não pode olhar, nem pensar, nem tocar, nem provar. Outros acreditam que real não pode, mas virtual tudo bem. Tem casais que tem cláusulas de divisão de bens, pode sair com outro, se estiverem juntos, numa fantasia á três. Já outros acreditam que vale tudo, contanto que a cara metade saiba e aprove.
Não me cabe julgar, o contrato de cada um é pessoal e intransponível. Eu percebi que para as pessoas, traição é a quebra de contrato. Não adianta assinar uma formula que você é incapaz de cumprir. Tem gente que não olha pro lado, que está ali feliz somente a dois, outros já precisam de mais. O que machuca é deixar o outro, o companheiro, sozinho no vácuo. Prometeu no contrato fidelidade absoluta e não consegue cumprir? Melhor conversar e criar novas cláusulas do que pular a cerca e quebrar o contrato inteiro. Em uma conversa pode-se mudar muita coisa e o outro se sente importante, participando de suas dúvidas e decisões.
Perguntei para as mulheres o que dói mais na traição, e pasmem, não é o sexo, é a intimidade. Isso mesmo, a mulher se incomoda de ver seu parceiro trocar segredos com outra.
Acho que a grande sacada mesmo,é fazer do seu companheiro, seu parceiro, seu sócio, o seu melhor ouvinte. Está difícil de seguir assim? Abra o jogo e veja o que pode ser feito. Às vezes, pro outro é ruim também e você pode se surpreender criando regras novas e transformando tudo de forma mais divertida.
Fiquei contente com as respostas. Cada um com seu contrato particular. Me lembrou aquela famosa frase do grande Mestre: Toda unanimidade é burra.
Que bom que somos inteligentes.

Bom dia.
Bjos
K.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Fazer ou não...eis a questão.

Estou fazendo um pesquisa com os amigos homens pra saber se eles acreditam que sair com outra, quando se está numa relação não é realmente algo que signifique muito. Se traição, aquela vista pelos olhos femininos e que para as mulheres dói até o último fio de cabelo,não é algo tão sério assim. Se é realmente da natureza humana dividir afeto, e se for, porque tentamos tanto suprimir isso.
Eu obviamente tenho meu próprio ponto de vista, mas quero ser democrática e ouvir mais.
As respostas estão variando, ainda não consegui chegar em um consenso, estou esperando todos os queridos amigos responderem...
Enquanto não termino meu laboratório, deixo aqui a opinião formada de um amigo...Opinião forte, personalidade também...Passo o link pra vocês olharem...Me digam o que acharam, a pesquisa não ficaria completa sem uma discussão de ambas as partes.. E quem me conhece bem sabe,eu adoro uma bagunça...

http://www.frent.info/traicao/

Na espera de ventos fortes...
Bjos
K.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Você tem medo de quê?

Vou voltar a falar de um assunto que já discutimos á exaustão, mas como parece ser tema recorrente, achei melhor enfatizar.
O assunto é Homem e Medo.
Mais uma vez me peguei ouvindo um grupo de amigas aconselhando uma querida que tinha levado um baita pé na bunda da seguinte forma:
-Olha amiga, na verdade ele age assim porque tem medo de você!
A coitada me olha com cara de choro e pergunta:
-K. o que você acha?
Eu, que quando é algo relacionado á pessoas próximas, não me agüento e falo a verdade, logo atirei:
-Querida, desencana, ele não está interessado.
Fui fuzilada pelas outras é verdade, mas pergunto aqui;
-MEDO DE QUÊ?
Esse homem, não foi aquele que te ligou inúmeras vezes, te levou pra jantar, te levou pra dançar, te levou no motel, te apresentou os amigos, conheceu os seus... Derepente, vocês realmente acreditam que ele desenvolveu um medo, assim, sem mais nem menos? Nãoooooooooo...Acordem!...Ele não quer mais. Sei lá porque. Isso só ele saberia dizer, e acreditem ELE NUNCA VAI DIZER...NUNCA! Homem nenhum que conheço consegue chegar para uma mulher e falar:
-Olha, você já não é mais interessante para mim.
O papel das amigas de verdade é fazer a querida enxergar a realidade e ajudar no processo de partir para outra. Ficar alimentando falsas esperanças baseada em tese de livro de auto ajuda, não vai levar á nada.
Eu sei por experiência própria. Há um tempo atrás me encantei por um bonito amigo do meu irmão, ele me ligava direto e eu fugia porque sabia que ia ser roubada, mas ele insistiu tanto e era tão meu número que cedi, mas cedi num dia de caos na cidade, chuva, engarrafamento e ameaça de PCC, eu acreditava que o moço jamais chegaria até nosso encontro, pois não é que o bonito apareceu? Quase um BATMAN, atravessou a cidade no caos só para me ver....Mas, o outro lado da moeda é cruel e quando ele perdeu o interesse, usava até a coitada da avó dele como desculpa para me dar cano.Tadinha da véia!
Pois é, acontece com todas nós.
Homem não tem medo de mulher, a não ser que você cozinhe o coelhinho dele de estimação. (Tenho uns amigos que nem assim, se você mandar muito bem, o máximo que eles vão fazer como medida de precaução é afastar os animais domésticos do seu alcance e ainda assim vão sair com você!)
Meninas, homem não têm medo de mulher. Se ele perdeu o interesse não tem muito o que fazer. O negócio é seguir em frente, dar risada e espairecer....
Também vamos ser sinceras, você ia querer um bobão cheio de medinhos? Acho que não né?
Eu mandei um torpedo pro bonito (aquele BATMAN) dia desses, ele foi o mais idiota possível...
Sabe que fiz? Liguei para XEXA, só para ouvir ela me dizer que ele é um imbecil e que eu sou magnífica...Meu dia ficou melhor...
Amiga de verdade é pra essas coisas.
Bjos
K.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Jana e o Pijama

Vou falar de novo de Janaina..
Ela me ligou eufórica, nesse fim de semana, saiu com um bonito com quem vem se encontrado faz meses. Ela não me ligou para contar nenhuma peripécia sexual, Jana me ligou para dizer que passou o fim de semana de pijama, comendo pipoca e assistindo filme antigo na companhia do tal moço e que isso a deixou extremamente feliz.
Jana me disse que se sentiu protegida e que fazia muito tempo que não baixava a guarda assim, que foi maravilhoso não ter que se preocupar com poses sexies ou lingeries especiais. Jana estava feliz porque encontrou um moço que a via por inteiro. Sim porque pijama, não é exatamente algo que você coloque para seduzir. Jana queria colo e ganhou.
Fiquei contente por ela. E com a sensação de que existem sim pessoas que querem simplesmente estar com você.
Me lembrou uma estória que ouvi faz tempo, de uma amiga que trocava e-mails com um cara que morava fora do Brasil, ela sempre mandava fotos mega produzidas e quando o cara falou que viria visitá-la em SP, ela entrou em pânico e me pediu para tirar uma foto dela de agasalho velho na porta da cozinha, cara lavada, cabelo preso em um rabo de cavalo. Na hora não entendi, mas ela queria ter certeza de que quando o cara a visse realmente, o encantamento ainda ia se manter. Pois bem, foi justamente essa foto que mais encantou o moço e eles acabaram vivendo um romance que durou muitos anos... Ela não mora mais aqui, perdemos contato, mas até onde eu saiba, ela e ele estavam muito felizes juntos.
Essa coisa do encantamento é muito engraçada, ás vezes perdemos tanto tempo numa produção caprichada que esquecemos de valorizar aquilo que somos de verdade, criamos um personagem que não conseguimos manter no dia-a dia.
È importante se cuidar, se gostar, se arrumar, é obvio, ter auto estima. Mas é importante também saber ser você mesma. E todas nós temos dias como o de Jana, dias de pijama, ou cara lavada, dias em que queremos colo, ou em que acordamos com preguiça, dias em que queremos nada, só dormir num abraço.
Fiquei feliz por Jana e seu pijama.
Acho que talvez ela tenha encontrado o tal príncipe encantado, que consegue ver nela beleza, mesmo quando ela não está tão princesa assim.

bjos pra Xexa que tá dodoi..
K.
...........

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Hoje.

Meu irmão veio da Argentina para celebrar o aniversário da minha mãe....E hoje de madrugada ele me mostrou o novo vídeo da banda dele, “Melhores do Mundo”. Quando perguntei o porquê do nome, ele disse que “melhor do mundo” é aquilo que você tem com você naquele momento. Que aquele instante é o perfeito, não adianta sonhar com algo distinto e deixar de aproveitar o que se está vivendo.
Achei um olhar bacana, valorizar aqui e agora.
Quantas vezes deixamos o melhor para amanhã?
É verdade, isso acontece todo dia.
Quantas vezes não nos permitimos viver intensamente uma relação com alguém muito legal, porque achamos que lá na frente vamos encontrar alguém melhor? Ou não damos tudo de nós em um trabalho porque sentimos que merecemos algo maior? Ou não ouvimos com atenção uma estória de um amigo, porque queríamos estar em outro lugar , ou esperamos nossos filhos crescerem para entender e sucessivamente assim, deixamos para outro dia, esperamos que depois seja melhor, sonhamos com um outro momento que não chega nunca, porque estamos sempre um passo á frente, antecipando outra coisa acontecer.
Marcamos encontros que nunca chegam, deixamos de agir no momento, na espontaneidade, na emoção. Fazemos tudo planejado, calculado, engarrafado. Criamos barreiras de proteção imaginária atrás de palavras secas, gestos comedidos, risadas breves.
Deixamos de celebrar, de mostrar, de extravasar...E no fim, deixamos de nos importar.
Nesse fim de semana, nós vamos comemorar o aniversário da minha mãe, um número grande. Todos juntos, família reunida.
É uma semana de festa e estamos emocionados, felizes e agradecidos por essa data.
É uma semana importante, e estamos fazendo disso um momento “Melhor do Mundo”.
Espero poder e saber adaptar meus dias daqui por diante dessa forma. Olhando o hoje.
O amanhã vem depois.
Depois eu vejo.
Hoje eu quero o melhor pra mim.
E pra você também.

Boa semana.
Bjos
K.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Porque sim.

Hoje no judaísmo é o dia do perdão. Um dia de jejum, onde meditamos sobre nossos atos e pedimos desculpas por nossos erros. É um dia importante, de recolhimento e auto- análise.
Pedir perdão...Parece simples, mas não é.
Para pedir perdão, só vale se realmente estamos arrependidos, perdão da boca para fora não serve, tem que ser aquele sentido de verdade, aquele que você olha e pensa:
-Eu podia ter passado sem essa.
Pra mim, que sou uma exagerada, é difícil me arrepender daquilo que fiz. Normalmente meus arrependimentos são devido á coisas que deixei de fazer ou dizer, então fiz uma lista das coisas que me desculpo:
No dia do perdão eu queria me desculpar por ter me dado pouco.
Por ter omitido que gostava, por puro orgulho.
Por não ter pedido ajuda, apesar de ter realmente precisado.
Por não ter tido a capacidade de relevar, de deixar pra lá a tristeza de quem me magoou.
Por não ter deixado de gostar de quem eu sei que não gosta de mim.
De não conseguir gostar de quem gosta mesmo assim.
Por não ter ouvido mais.
Por não te calado mais.
Por não ter falado mais.
Definitivamente, por não ter mostrado mais...mais carinho, mais afeto, mais compaixão, mais amor.
No dia do perdão, eu me arrependo por não ter feito...
Por não ter mergulhado de cabeça, sem medos.
Por não ter gargalhado, sem vergonha.
Por não ter vivido, sem amarras.
No dia do perdão, eu me arrependo de não ter sentido tudo, intensamente.
E me prometo daqui por diante, ser EU, na forma mais pura, e com maior verdade possível.
Prometo que vou aproveitar ao máximo cada dia... E a companhia de quem me faz feliz.
Eu prometo me permitir.

Perdão só vale se for verdadeiro.
Viver também.

Chatima Tova.

Que a gente saiba se perdoar todo dia..
Bjos K.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Queimando por dentro.

Ontem, na minha aula de inclusão, me deparei com um texto que mexeu comigo.
Achei tão lindo e me vi tão dentro disso que resolvi transcrever.

È um texto de Galeano,
segue aqui:

“O mundo é isso - revelou - Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.”

Acredito que a grande questão é se perguntar que tipo de fogo você é..
E se para você está bem assim. Se você se contenta com o tamanho de seu calor.
Não existe fogo certo ou errado...Acho que depende do seu termômetro interno...Ou da sua vontade de aquecer.
Tem dias que acordamos queimando por dentro...
Em outros brasa mansa...fogo baixo...coisa morna.
O importante é nunca deixar de ter aquela fagulha acesa.
Hoje acordei assim...
Achei bonito
Quis dividir com vocês.
Bjos
K.


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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Despedida

Nunca imaginei que iria sentir tanta falta. Que etérea, passaria a virar de um lado para o outro de noite sem saber como pegar no sono. Não imaginei que minhas mãos acostumadas a ele, iam vagar bobas, sem saber o que fazer, ou que quando eu estivesse triste ou sozinha, a falta dele me faria enlouquecer.
Nunca imaginei que éramos tão grudados, sempre achei que quando eu quisesse era só dizer adeus. Ledo engano meu...Não imaginei que ia ser tão dolorido e que por um momento eu me sentiria só e perdida, principalmente na noite, nos bares, na balada.
Ele esteve comigo em todos os momentos, desde minha adolescência e agora me pergunto o que fazer sozinha.
Me vejo mais bonita é verdade, minha pele brilhando, e de fora quem vê nunca ia imaginar a falta que ele me faz.
Se escrevo aqui é porque é amor antigo, merece um adeus apropriado.
Hoje faz uma semana do meu divórcio..
Isso mesmo, eu e o Cigarro nos separamos judicialmente, estou até usando um adesivo para que ele mantenha a distância e respeite meu limite e vontade.
Espero não ter recaídas, porque todos sabemos que relações ruins não tem como consertar, não vale a pena tentar.
O cigarro e eu já deu o que tinha que dar.
Mas, ele ainda me faz falta..
Ai, ai.

valha-me!
bjos K.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Céu estrelado.

Fazia tempo que não se sentia assim, tão sossegada. Nada de dor, mágoa, ressentimento. Nada de paixão avassaladora, sofrimento. Nada de unilateral, de promessas quebradas, de meias verdades.
Era recíproco e era bom. Muito bom.
Ele veio assim, no meio da noite, coisa combinada de última hora e ela que não se lembrava muito bem como tinha sido o primeiro encontro, aceitou como se fosse conhecê-lo pela primeira vez. Quando o viu, a memória se ativou de novo e um turbilhão de gentilezas surgiu. Sentiu-se muito á vontade, como com um amigo antigo e deram muitas risadas e beberam juntos como se estivessem em um bar.
A conversa foi ágil e solta. Beijar saiu tão natural quanto segurar na mão. E ele não largou dela.
Dali foi um pulo pra outro cenário mais risada, mais conversa, mais gentileza...ela relaxou...e na cama, velhos amantes, parecia que se conheciam há anos.
Dormiram abraçados, entrelaçados, enroscados um no outro. Falando baixinho ao pé do ouvido.
Ela adormeceu segura e serena, sono bom depois de inúmeras noites de insônia.
Se despediram com saudades, muitos beijos, muitas vontades.
No dia seguinte ele mandou uma mensagem.... Você é especial!
E ela se sentiu mesmo.
E bonita e tranqüila.
E a semana começou bem.
Fazia tempos que ela não se sentia assim...

Para B.
bj
K.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Contra corrente.

Hoje fui colocar aparelho fixo nos dentes, isso mesmo, como uma adolescente estou com a boca cheia de elásticos e ferros.
Voltei pra casa falando “CECECE” beiçuda (mais!) e minhas aulas de inglês tem soado algo como “refet after mfe!” Uma chuva de saliva!
Acho que vou ter que dar guarda chuvas brindes pra meus alunos pelos próximos meses.
Engraçado notar que tudo na minha vida segue a corrente contrária. O tempo parece que brinca comigo..pega-pega, esconde-esconde.
Quando todas minhas amigas estavam no cursinho, eu estava morando fora. Primeiro apartamento (apertamento?), primeiro emprego, primeiro namorado sério dividindo teto.
Quando elas estavam se formando, eu me casei e virei mãe.
Quando todo mundo á minha volta começava uma carreira, eu estava ás voltas com fraldas e escolinhas e festas de aniversário temáticas, foram muitas fantasias de Batman, Power Rangers e Homens Aranha..
Quando começaram a casar, eu ia a reuniões de pais para falar de mau comportamento do meu filho. E todo mundo ao redor achava graça, inclusive eu, das peraltices do David.
Quando minhas amigas começaram a ter filhos, eu entrei na faculdade, e agora que elas estão envolvidas com fraldas, eu espero meu filhote de 1.80m voltar pra casa de uma baladona, torcendo pra ele não beber muito.
Quando todas estão falando da melhor pré escola, eu estou pensando na minha especialização, e quando os dentes tortos das crianças vira o assunto do momento, quem coloca aparelho fixo sou eu.
Se o andar da carruagem continuar assim, acho que vou ser uma velhinha muito, muito danada, totalmente sem noção e quem sabe, com sorte e se as costas permitirem , ainda aprendo a andar de skate....vontade antiga.
Os sonhos nunca têm idade. A minha vida é bem por aí.

Dá licença que vou passar!
bjos
K.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Kiss e cama.

Hoje acordei doente, peguei todo o temporal de ontem, o céu desabou em mim.....
Amanheci dolorida, cansada, dei aulas no piloto automático... No meio da tarde me rendi...Liguei para uma amiga, ela mandou:
-Cama já!
E como criança pequena, obedeci.
Capotei, sono pesado e acordo com meu filho entrando sorrateiramente no meu quarto com um presente:
- Mãe, você está melhor? Comprei isso aqui pra você, espero que goste.
Eu mal conseguia abrir os olhos, mas achei tão fofo que acendi a luz pra dar uma olhada. Era um Cd duplo do KISS, venho querendo faz tempo, tinha comprado os ingressos pro show, pra ir com ele, mas minhas costas não colaboraram, então o Gafanhoto levou, foram os dois...Eu fiquei em casa, de molho esperando ele voltar, exausto e feliz.
Ele, meu filho, me disse que comprou o CD porque queria que eu ouvisse o show que perdi, achei tão bacana que me senti até melhor. Levantei, tomei sopa e fizemos uma sessão cinema.
É muito bom ter filhos adolescentes. Todo mundo reclama dessa fase, eu sei, tem dias que são de lascar...Mas também tem os dias perfeitos, de pura troca e companheirismo, dias que você se sente saindo com um grande amigo. Dá orgulho de ver que essa pessoa bacana, foi você quem ajudou a formar. que tem algo seu por trás desse indivíduo, uma marca bonita.
Hoje foi um dia assim, eu tinha uma baladinha pra ir, mas achei melhor ficar e curtir meu filho, ouvindo o que ele tem a dizer, dando risada, trocando idéias, resolvi fazer da companhia dele, minha melhor balada.
Posso dizer que foi um bom dia.

E ao fundo, o Kiss tocando.. “I was made for loving you babe...”

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Pra casar.

Nesse feriado prolongado, encontrei um amigo de longa data, saímos para beber e no bar, encontramos uma fulana que conheço minha vida toda. Verdade seja dita, a fulana é bem bonita, boa moça se veste com discrição e fala com vozinha de menina. A fulana se sentou conosco á mesa e meu amigo encantado depois que ela foi embora, se vira para mim e diz;
-Essa mulher é pra casar.
Eu achei muita graça, e não disse nada, porque não é meu papel derrubar mulher, mas me peguei intimamente pensando nas imagens que o espelho não reflete.
Engraçado pensar que a mulher para casar que meu amigo viu, é um ser dissimulado, incapaz de um gesto de compaixão, um ser ligado em aparências e grana e que faz joguinhos mentais para conseguir o que quer. Já vi essa boa moça mentir várias vezes para o namorado (sim, boas moças sempre tem um namorado de plantão) dizendo que estava na faculdade estudando, mas estava no bar flertando com caras de outro curso.
Essa moça para casar, conta as intimidades dos homens com quem andou, com detalhes tão particulares, que é impossível cruzar o fulano sem ficar um pouco corada. Ela faz o gênero não bebe, não fuma. E apronta todas em um fim de semana com o pessoal da igreja. E acredite, não importa com quantos homens ela já esteve, o novo namorado é sempre o terceiro. Nós que já conhecemos pelo menos vinte namorados anteriores, achamos graça quando o novo cara na vida dela, bate no peito orgulhoso por estar ensinado coisas que ela não sabe. E nós? Nós fazemos o gênero surdas mudas e interiormente damos muita risada.
Boas moças são discretas em público e nunca dão gargalhadas altas. Boas moças tem um monte de amigas mulher, de quem tem inveja e de quem falam mal, e traem as amigas sem dó nem, piedade, com um sorriso tão lindo que você até acredita que não foi por maldade. Boas moças não sabem guardar segredos e usam daquilo que você contou para ganhar vantagem.
Boas moças flertam com o professor, com o patrão, com quer que seja para ganhar promoção. Mas vale lembrar, boas moças nunca falam palavrão.
Eu fico abismada de ver as coisas que as boas moças fazem. Vestidas de rosa, cor de menina é verdade, com bolsas de bichinhos fofos e salto alto. Boas moças se vestem meio mulher, meio criança.
Nós que não somos tão boas moças assim, olhamos espantadas ao perceber que nem sempre o olho masculino vê as pequenas sutilezas da mulher.
E entre muitas cervejas e risadas, nós, não tão boas moças, sabemos estar ali quando a coisa dá muito errada. Seguramos a barra se necessário, e fidelíssimas honramos o cara que escolhemos, porque já tivemos outros, e se estamos com ele, é por pura vontade.
Nós, não tão boas moças, temos muitos amigos homens e sabemos guardar segredo e perceber quando encontramos alguém real. Mas nós falamos palavrão e dançamos até o dia raiar, nós sabemos nos virar e se precisar, pode contar.
Boas moças vão querer alguém para mostrar, nós, não tão boas, querermos alguém para guardar.
E assim gira o mundo... e as boas moças continuam sendo para casar.

BOA DIA!!!!

bjos
K.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Macumbada.

Alguém viu o vídeo da Vanussa cantando o Hino nacional?
Eu sou daquelas que sentem vergonha pelos outros. Quando Vanussa declamou "um mar azul e um céu medonho" fiquei vermelha como um pimentão e desatei a rir.
Céu medonho? Como deve ser morar num país com "céu medonho?"
Já não basta toda a sacanagem política, toda a roubalheira, todos os problemas sociais, as diferenças de renda e agora também o nosso céu é medonho?
Começo agora a campanha: "Vamos mandar a K. para Bora Bora", onde o céu ainda é azul e o mar continua no mesmo lugar.
Depois de todo o "bafáfá" a Vanussa culpou o tal remédio Lexax...
Ahhhh se na minha adolescência a gente conhecesse esse remédio! Quanta desculpa boa eu não teria pra dar...
- Juro mãe, não fui eu, foi o Lexax que me fez ver um céu medonho.
Se bem que a verdade seja dita, tem dias que também vejo cobras e lagartos e borboletas azuis. A única diferença é que não saio por aí cantando o Hino nacional.
Acho que a Vanussa precisa de uma rede de amigos melhorzinha, para que, quando ela estiver embaixo de um céu medonho, tenha alguém que traga sol.
Eu tenho. E vocês sabem quem são...
Beijos por estarem sempre comigo, não importa o quê.
Pé de pato, mangalot, 3 vezes pra quem não tem.
SARAVÁ!
bjos K.

Sol a pino.

Hoje acordei sem inspiração. Um dia lindo, sol a pino, feito pra mim, nada na cabeça, nada pra contar, paz total e aí...Quem vem visitar?
Eloísa, minha querida amiga que foi inspiração para talvez o texto mais dolorido que já escrevi.
Quais as novidades?
Eloísa está feliz, tranqüila, centrada.
Me contou que vai viajar de novo, que foi convidada pra trabalhar num mega projeto, que vai estudar com patrocínio e que tem um bonitinho muito, muito interessado nela. Eloísa me contou que o ex-marido voltou, arrependido e até serenata ela ganhou.
Eu olho surpresa e pergunto desconfiada:
–E aí?
Ela me diz, um pouco encabulada: - Quero ficar um pouco sozinha, percebi que estou mais feliz assim. Separar foi dolorido, mas me achei em mim mesma, estou apaixonada por mim.
Achei magnífico, porque nossa última conversa tinha sido regada á café com lágrimas.
Hoje Eloísa veio radiante, algo diferente no rosto. Uma serenidade bonita de ver. Eloísa se achou e vindo aqui em casa ela iluminou o meu dia.
-O amor acabou, ela me disse, porque acabou minha confiança. Não sei amar desconfiando. Quero achar alguém quando estiver pronta para assumir quem sou de verdade. Não vou nunca mais me esconder em uma relação.
Achei Eloísa linda hoje.
Pra ela, um brinde, por viver essa nova paixão por si mesma.
Pra nós, porque continuamos inteiras apesar das metades.
Por ser feliz apesar de.
Bjos
K.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Segredo de Janaina.

Janaina tem um segredo que não divide com quase ninguém, por mais pura vergonha. Não é nada sórdido ou coisa assim, na verdade, é até bem romântico. Conto aqui, por achar bonito.
Janaina quer se casar, vestida de noiva, apesar dos 42 anos e de já ter sido casada três vezes.
Na primeira vez foi fora do Brasil menina ainda.
A festa foi num bar de amigos, uma bebedeira geral. Não teve documento, só juntaram tralhas e dividiram o mesmo espaço, mas eram considerados por todos um casal e assim foi por três anos.
Na segunda vez foi mais formal, num cartório, alguns amigos presentes, vestidinho claro, almoço em um restaurante, coisa banal, assim como eles como casal.
Na terceira vez teve festa, mas foi só festa. Os dois se conheceram em um show e o casamento foi mais ou menos nessa onda, muitas viagens, muita galera, muita bagunça, muita briga, muito tudo. Puro Rock’n Roll.
Janaina quer se casar, mas casar pra valer.
Janaina quer casar na primavera , num dia quente ao pôr do sol.
Quer entrar acompanhada do pai e dançar a valsa dos noivos, quer bolo com champagne e um vestido de princesa.
Muito pano, muito riso.
Janaina quer flores, muitas flores e tudo o que ela diz achar brega, mas que no fundo adoraria viver. Janaina quer declaração de amor e gente emocionada, quer ter a música da dupla e lua de mel em Veneza. Janaina quer ser carregada no colo e se sentir encantada.
Janaina não conta isso pra quase ninguém. Quem poderia imaginar que dentro dessa mulher descolada mora uma romântica camuflada?
Quando está sozinha Janaina compra revista importada sobre noivas e a cada mudança de estação encontra um novo vestido para combinar melhor com a ocasião.
Eu vivo dizendo pra Janaina que não é a festa que faz o casamento e sim encontrar o noivo certo.
Mas ela me olha sonhadora, sorri e me diz emocionada:
-Você imagina um dia me ver casando com véu e grinalda?
Eu suspiro e abraço Janaina.
Quem sabe...Um dia.

Eu vejo flores em vc Jana.
kiss
K.

domingo, 30 de agosto de 2009

AREIA.

Ele voltou, sem mais, sem menos, sem avisar. Quase um ano se passara, e ela o deixou entrar por puro costume. Atendeu a porta vestida de surpresa, sem sapatos, calça velha, camiseta.
Ele entrou, ela ofereceu um chá. Ele achou graça, ela sempre fora de tomar café ou vodka e dizia que chá era como beber água de banheira, mas ele não estava em condições de protestar, aceitou.
Sentaram-se á luz da cozinha, um de frente pro outro e ela notou que ele estava mais magro e mais moreno, deveria estar malhando. Ele notou que ele continuava a pintar as unhas dos pés de vermelho e achou graça ao vê-la descalça, como sempre. Foi um alivio encontrar algo familiar.
Ela contou que parou de comer carne, que se matriculou em um curso de arte e que viu um maravilhoso filme francês. Ele parecia confuso, ela parecia mudada e até o filme Francês parecia agora uma traição.
Ela perguntou se podia colocar música e ele emocionado aceitou, esperou o ar se encher de barulho, ela amava barulho e ele ás vezes dizia que ela era barulhenta demais!
Mas o que veio foi uma música suave, quase de fundo, melódica e doce.
Ele quis contar que tinha se arrependido, que nesse ano fora,nunca imaginou sentir tanta falta dela, da bagunça dela, dos sons dela que enchiam os quartos da casa de vida, de risadas, das gargalhadas, das descobertas, da agitação.
Ele estava cansado de tanta tranqüilidade, ele percebeu que sem ela tudo ficou assim, cor de parede.
Areia.
Ela ouviu e foi como se não tivesse ouvido, falou algo sobre a aula de literatura na faculdade e emendou com uma indicação de um livro que achava que ele ia gostar.
Ele pediu pra usar o banheiro e foi, se escondeu lá para recuperar o fôlego, os perfumes dela estavam lá, a maquiagem também, os cremes, mas nenhum era o que ele tinha dado de presente, eram todos novos, novos cheiros.
Ele perguntou se ela tinha algo mais forte para beber. Ela colocou num copo uma dose de uísque. Uma só e ele bebeu sozinho, ela bebericava chá de hortelã e olhava para ele com atenção, ele ficou incomodado, se sentiu desnudo, ela tinha esse poder, de ler além do que era permitido.
Ela disse que se ele não se incomodasse, gostaria de dormir cedo, amanhã iria viajar para Europa, passar quinze dias.
- Aonde exatamente? Ele perguntou
–Não sei ainda, aonde o vento me levar. (Típico dela, notou magoado!)
Ouvia ao fundo o relógio da cozinha bater, minutos que marcavam o silêncio.
Se levantou para ir embora, ela não pediu para ele ficar, foi gentil e o acompanhou até o elevador.
Ele num último ato, ainda tentou: -Sinto muito sua falta.
Ela sorriu e desejou boa noite.
Ele apertou o botão térreo e teve uma imensa vontade de chorar.
Ela entrou em casa e fechou a porta, colocou no copo uma dose dupla de uísque, mudou o som para algo mais pesado, acendeu um cigarro.
Olhou a cidade da janela e se prometeu: -Não choro mais aqui nesse lugar. Amanhã, se eu tiver que chorar vai ser em Paris.

Existem amores impossíveis de salvar.
bjos K.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mal e Mau

Meu filho veio me contar agora que estava rolando a maior briga no Twitter, porque Sasha, a filha da Rainha dos baixinhos, escreveu “Sena de cinema”.
A mãe saiu em defesa de sua cria, como toda mãe deveria, dizendo que esse povo que critica a Sasha não está á altura dela.
È verdade! Eu sou firme em dizer que concordo com a Rainha e venho por meio dessa dizer:
-SHUSHA, você e a XAXA tem meu total apoio.
Afinal que diferença faz uma letra, com tantas existentes nesse nosso magnífico alfabeto.
Não é mesmo?

Hoje amanheci meio assim...
( acho que nesse texto deveria dizer meia assim não?) rs.

Bom finde!Beijinho, beijinho e xau, xau!
K.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

FUI!

Quando morávamos em Israel, Xexa e eu, tínhamos um pacto de segredo que nunca quebrávamos. Eu sempre fui avessa a famílias responsáveis por nós e nunca, nunca quis ter que me reportar pra mulheres desconhecidas que se intitulavam minhas tutoras. Um dia em uma cidadezinha em desenvolvimento no meio de deserto, escavações arqueológicas e ZZZZZZZZZZZZZ eu simplesmente me enchi. Olhei para Xexa e disse: Não agüento mais isso aqui, vou embora!
Ela: Embora pra onde?
Eu:-Embora pra um lugar onde sou mais feliz.
Xexa: -Ok, vai agora que eu seguro as pontas, me liga quando você chegar lá.
E assim, no meio das escavações, no meio da confusão de gente, eu me meti na estrada e peguei carona cruzando o país (minúsculo por sinal ) e voltei pra onde eu era feliz.
Lógico que os monitores, professores e responsáveis enlouqueceram me procurando e adivinha quem foi parar no paredão? XEXINHAAAA.
Mas, boa escorpiana que ela era, nem uma palavra além de : -Eu sei que ela está bem.
Òbvio que ameaçaram me expulsar do programa e ligaram para meus pais no Brasil, mas eu já era emancipada, e o que eles iam fazer? Cederam a minha pressão de ser feliz.
Como era bonita essa época, onde ser feliz era prioridade. Onde fazer aquilo que te dá prazer era absoluto. Nós éramos partidários uns com os outros e em todas as histórias que aconteceram no nosso grupo, sempre vencia o bom senso. SER FELIZ.
Uma das minhas lembranças favoritas foi o dia em que o Marcio, lavando pratos em uma cozinha (sim nós fazíamos de tudo) simplesmente olhou pra mim e disse: -Não quero mais.
Abriu a porta do restaurante e foi embora, numa sexta feira de casa lotada. O dono do restaurante gritava comigo? -Ele é maluco?
-Não..Ele só quer ser feliz.
E ele foi.
Bons tempos aqueles, para ser feliz era só abrir uma porta no meio da noite ou pegar carona em uma estrada do deserto.

Bom dia para todos.!

O Má é hoje papai de gêmeos e mora em PORTO ALEGRE.
Ainda somos amigos queridos.
bjos K,

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O dia em que Eloisa mudou o tempo.

Eloisa é minha amiga faz muito tempo, veio em casa pra me contar como terminou seu casamento.
Essa é a história que ela me contou, salvo alguns detalhes, é assim que entendi. Essa é minha leitura dos fatos. É o que eu lí nas entrelinhas... na minha forma de contar.
Mostro aqui, pra ela se ver no meu abraço. Espero que ela goste.
Eloisa não é o nome dela...mas elas vai se achar e com sorte, um novo amor também...


-Você chora? Ele perguntou.
Não, eu não, eu sou uma Barbie de plástico, uma estúpida boneca inflada que não sente nada.
O que ele queria? Me ver sofrer? Ela me pergunta sentada na minha cozinha.
Será que assim ele acharia que sou mais dócil? Mais menina?
Com ele eu descobri que as pessoas realmente choram no chuveiro, e eu que achava que isso era clichê de filme americano, coisa de cinema. O chuveiro é o perfeito lugar para chorar em paz, aquela coisa da água misturada com as lágrimas tem algo que conforta.
Se bem que eu não tive esses pudores, eu chorei sentada no banheiro do trabalho, na piscina do clube, na aula de hidroginástica que eu tinha me matriculado por sugestão dele. Eu chorei no táxi, na rua, na banca de jornal. Eu chorei muito, mas nunca na frente dele. E agora esse FDP vem me perguntar se eu sofri?
E a cara que ele faz quando me pergunta isso... Meio divertido, meio lisonjeado, meio desconfiado. Eu sei que são três meios, mas ainda é pouco pra um homem que tem duas caras!
Mal sabe ele que pra vir na merda desse encontro, eu me enchi de coragem, fumei dois maços de cigarro, mudei de roupa seis vezes e peguei um táxi, tremendo tanto que tive que pedir pro taxista me deixar no bar da esquina pra tomar uma dose de pinga, que desceu como fogo no meu estomago vazio, mas que fez essa droga de tremedeira passar.
Mal sabe ele que quando eu atravessei a rua e o vi sentado dentro do bar, numa mesa de canto, meu coração ganhou vida própria e começou a bater tão descompassado que eu tive que parar, fingir que arrumava o salto, só pra ganhar alguns minutos. Que na hora em que ele puxou a cadeira pra eu sentar, minha vontade era pular no pescoço dele e enchê-lo de beijos, fazer amor com ele em cima daquela mesa. Ele me pergunta:
- Como vai? Você parece ótima, emagreceu?
Tenho vontade de gritar. Faz semanas que não como, porque tudo me dói, minha pele, minha boca, até meu cabelo, tudo em mim sente a falta que ele faz... Mas ao invés disso, me controlo, sorrio e digo entre dentes:
-Você acha? Emagreci sim, obrigada.
Ele diz que me chamou porque tinha algo importante para falar.
Eu acendo um cigarro, tentando ainda me acalmar.
-Você não ia parar de fumar, ele pergunta. Lindos olhos verdes.
-Gosto dos meus maus hábitos - eu digo -eles me fazem companhia.
Ele ri divertido e segura minha mão gelada, que vai ficando morna em contato á pele dele, quase muito quente.
Ele então me pergunta porque nunca liguei. E bate com os dedos longos na mesa nervosamente. Eu olho aquelas mãos morenas e lembro de quando percorriam minhas costas nuas, ligando minhas pintas, como um menino que aponta estrelas. Minha voz embarga, eu cravo as unhas bem feitas na minha coxa, mania que adquiri ainda criança, para evitar chorar em público e sinto o controle voltar.
O que eu ia dizer? Nunca foi da minha natureza implorar, ele devia ter querido ficar.
Meu coração amolece.
Meu Deus, vou pular no colo dele, vou contar minhas inúmeras noites insones ao lado do telefone, minhas tentativas patéticas de sair com outro, alma seca, seca, seca, minha saudades que nunca acaba, minha pele que sente falta do cheiro dele.
Ele me diz estar muito feliz, eu digo que é assim que deveria estar.
E entre amenidades sobre o tempo, peço uma vodka.
Coração descompassado, sentimento transbordando, quando eu ia me confessar, quando eu ia me manifestar, baixar a guarda e falar...
-Amor me atrasei?
Era uma adolescente, máximo vinte anos, roupa justa, cabelos compridos, tingidos.
Ele segura a mão dela, olha para mim satisfeito e diz sorrindo
–Queria que você fosse a primeira a saber...
Nessa hora não sei o que deu em mim. Não me lembro direito.
Antes que eu pudesse perceber, antes que eu pudesse controlar, meu corpo virou água, eu virei água. E desagüei ali, na frente dele, na frente dela, naquela mesa de bar.

Amiga, pra você, meu colo e carinho sempre.
bjos
K.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Em caso de emergência...quebre o vidro.

Eu sou daquelas pessoas que riem quando não se deve. Eu sei que é uma coisa horrível, mas tenho isso desde sempre, se me sinto embaraçada ou desconfortável, eu desato á rir.
Uma vez, visitando uma amiga pra jantar na casa dos pais dela, a família toda estava fazendo um curso de conscientização espiritual e ao fundo rolava uma gravação de uma das palestras sobre harmonização.
Não sei porque, nem quem foi que começou um assunto muito espinhudo na hora da janta, o “tal” namorado nada bem vindo da minha amiga, desabou então uma gritaria sem fim, ali no meio da sala, com direito a choro, vela e desenterrar os mortos do passado, bem na minha frente ( eu sou de casa) e enquanto eles se matavam verbalmente, ao fundo a palestra dizendo:
“ O maior desafio do homem é controlar a ira, respire, transforme cada momento seu em um momento de alegria..”
Não deu outra, eu tive um imenso ataque de riso no meio da confusão e quanto mais eles gritavam,mais eu ria.
Ri a ponto de todos pararem e me olharem com cara de - Ficou louca?
E eu só conseguia dizer:
- Respirem, respirem! E caia na gargalhada de novo.
É absolutamente desconcertante ter isso, não tem o que fazer, quanto pior o flagra, maior minha risada e não é por má educação (sou moça de fino trato) é por absoluto sistema nervoso falho.
Eu rio quando não pode e quanto maior a saia justa lá estou eu tentando controlar pra não gargalhar.
Perdemos o único vôo? Acabou o prazo? Tenho que explicar uma emergência?
Eu desato a rir. E pronto.
Já nos coloquei em muita situação idiota por causa disso. Quando éramos meninas, a ROTA, policiais de SP que se achavam Super heróis, “ A tal veraneio vascaína” , tinha o prazer mórbido de nos parar, bando de adolescentes de carro na madrugada, pra revistar e fazer mil perguntas sem propósito. Quanto mais idiota a pergunta, mais eu queria rir e meus amigos tentavam explicar:
-Liga não seu guarda, ela é meio destrambelhada mesmo.
Destrambelhada nada! Existem momentos que são de chorar e você se sente transportada pra uma linha alem da imaginação e não tem o que fazer.
O povo não diz que rir é o maior remédio? Pois é.
Pode contar comigo se o caos se instalar.
A gente vai dar muita risada junto.

Pro Paulinho, amigo de infância e companheiro de muita roubada.
happy b.day!

bjo.
K.

CAIXA VAZIA.

Minha mãe anda chateada ultimamente, ela vem esquecendo coisas e acha que isso é o peso da idade. Pensando nisso me peguei tentando lembrar do que eu esqueci e notei que esquecimento é parte do nosso dia á dia.
Quantas vezes prometemos guardar segredo, juramos por tudo que é mais sagrado e acabamos deixando a boca falar mais rápido? Esquecemos de guardar.
Quantas vezes fizemos pactos de fidelidade, até que a morte nos separe, ou até o amor acabar e nos pegamos não dando valor a quem temos? Esquecemos de valorizar.
Quantas vezes prometemos para um amigo que estaremos com ele, não importa o que, e no fim nem ligamos para dar oi, perguntar como vai? Esquecemos de cultivar.
Quantas vezes olhamos para alguém em situação menos favorecida que nós, e não fazemos nada? Esquecemos de nos importar.
Quantas vezes conhecemos alguém especial, nos encantamos e nos deixamos levar e quando o encantamento acaba simplesmente partimos e nos esquecemos de avisar ?
Quanto esquecimento tem na nossa rotina.
Quantas momentos levamos ligados no automático, como se essas histórias fossem se repetir de novo, como se essas pessoas fossem acontecer outra vez.
Acho que precisamos lembrar de lembrar. Que os dias passam e toda hora conta. Aqui e agora tem que ser vividos ao máximo, porque senão, eles viram um buraco na memória, mais uma gaveta na caixa vazia do esquecimento.

Lembrei de você.
K.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

BOA MOÇA>

Ela não sabia como dizer: A-CA-BOU!
Qual é a maneira certa de se fazer entender?
Fazer com que ele sinta que você não quer mais?
Que os recadinhos que ele insiste em deixar para você todo dia, o dia todo não tem graça, que as manifestações não te interessam, que quando ele fala você sente um sono incontrolável e a sua cabeça fica repetindo enlouquecidamente a mesma melodia “ O sa-po não la-va o pé, não la-va, por-que não quer...”
Como dizer delicadamente: -CALA A BOCA?
Não, você não é engraçado.
Não, não quero conhecer seus amigos.
Não, não quero saber da sua vida?
Nãoooooo, não quero te contar a minha.
Pode parecer que você me conhece, mas basta perguntar para qualquer um dos meus, eu não sou meiga, nem fofa, muito menos boazinha ou educada. Eu não quero ser socialmente aceita por você, nem quero que você vasculhe minhas gavetas e aponte na luz fluorescente da cozinha meus erros. Eu não pedi para você entrar. Não fui eu quem te convidou. Você intruso entrou pela janela e se apoderou do sofá, mas essa casa não é sua, é minha e se eu quiser eu vou fumar muito e beber até de manhã, eu vou andar descalça e dormir pelada só de meia, eu vou falar palavrão e vou receber meus amigos de madrugada e vou desalojar você, porque minha casa é só para convidados.
Você não entende nada do que eu digo, não me venha com delicadezas, eu não sei de onde foi que você tirou esse seu PHD sobre minha vida afetiva, PHO DA-SE.
Você e sua filosofia de boteco.
Se eu te perguntar realmente, se você sabe onde está se metendo, pode ser que você ache engraçado, mas desse lado de cá, só anda quem tem casca grossa. Você leve como uma pluma ia se desintegrar na densidade daqui. Volta pra onde você veio, fica aonde você está seguro. Do lado de cá, somente quem sabe andar, ou quem eu convidar, como aquele bonito que levou meu coração pro outro lado. Ele, eu ainda espero voltar.

Dele eu sinto falta...
Ele sabe disso....
Pra ele meu beijo.

A jaqueta.

Ela ligou, depois de muito tempo, ele atendeu surpreso.
-Quero minha jaquetinha de volta, ela disse, é minha favorita!
Ele nem lembrava mais do que ela estava falando.
A jaqueta, ela esqueceu na casa dele , ato impensado, mas que demonstrava escondido a intenção de revê-lo. Sim ato falho.
A jaqueta era de verdade a favorita e sim ela sentia falta. Não era uma jaqueta qualquer, era a jaqueta perfeita e custara os olhos da cara. E ainda assim era o único elo que tinha com ele.
A jaqueta, ela esperava que fosse o lembrete diário de que ela existia.
Se perguntava se ás vezes ele olhava pra aquele pedaço de jeans azul, e se lembrava dela. Se ainda tinha o perfume dela, a lembrança do cheiro dela. Maneira esquisita de se fazer marcar. Mas não tinha outro jeito. Ela tinha que tentar.
Ele respondeu educado. Era bom moço e por isso não tinha dado certo. O Bem dele e o Mal dela não sabiam se encaixar. Tinha havido encantamento é verdade. Mas ela achou que fosse coisa feita pra durar. Ele bom moço que era, não agüentou tanta bagunça sentimental e preferiu se afastar. A jaqueta ficou ali, resistindo no meio do caminho entre os dois, marcando território, dizendo que eles precisavam conversar.
Quero minha jaquetinha, ela falou.
Ele bom moço que era respondeu muito gentil.
Vou mandar um motoboy entregar.
E o motoboy veio.
E a deixou sem resposta e sem esperança. Ponte partida.
Ela sabia que nunca mais ia conseguir olhar pra jaqueta da mesma forma.

te beijo.
K.

domingo, 23 de agosto de 2009

Arritmia.

E ela que foi parar no hospital por causa dele. Dor aguda no peito, cegueira momentânea.
Passou a noite monitorada por estúpidos marcadores de batimentos cardíacos, que deixaram em seu peito manchas roxas, iguais a que ele deixava e que assim como ele, também não a deixaram dormir.
Noite toda incomodada, virando de um lado a outro sem conseguir relaxar, pensando nas milhares de coisas que não fez, nas centenas de coisas que não conseguiu dizer. Quando o Doutor chegou de manhã, a encontrou desperta, descabelada. Olhou-a por dois segundos e do alto de sua sapiência doutoral, seu posto de semideus da alma humana declarou:
-Stress! Dois dias de repouso em casa e acompanhamento com especialista.
Stress um cacete!
Isso é falta, é tristeza, é saudade. É tudo e é nada!
Sofia ficou indignada.
Especialista? Qual é o especialista que devo procurar para me curar de pé na bunda e canalhice?
Me diga Doutor... Ou no meu caso, burrice por não saber dizer NÃO.
Ainda teve que ouvir da enfermeira que não poderia ir para casa antes do seu responsável vir me buscar.
Quase comete um assassinato!
-Responsável? Que responsável minha filha?Eu sou totalmente irresponsável e não tem ninguém, ninguém entendeu? Se eu tivesse alguém não ia estar aqui sentindo meu peito apertar até perder a visão! Filha se eu tivesse alguém que valesse a pena, eu estaria linda, com a pele fresca, rindo sob lençóis. Olha bem para mim, descabelada, sem dormir, cheia de manchas roxas causadas por uma estúpida máquina. Só sobrei eu! Uma mulher com o coração em sobressalto tentando sobreviver a picada de escorpião... Um egocêntrico, cheio de si, que me envenenou sem me avisar. ! Estou num dia ruim filha, não respondo por mim, é melhor você me deixar ir!
Ela,a enfermeira, a olhou assustada. Sofia quase sentiu pena dela.
As mulheres iradas são capazes de cometer insanidades, sendo mulher, a enfermeira deve ter notado isso.
Sofia olhou para ela com olhar desafiador, a enfermeira calou, não disse mais nada.
Sofia voltou para o quarto, vestiu as roupas, colocou o salto alto, tirou o cateter do braço e apertou o botão do elevador.
Tontura, vertigem.
Lá fora o sol estava a pino, barulho de carros, gente indo e vindo. Acendeu um cigarro, colocou seus óculos escuros, acenou para um táxi.
O coração velho de guerra se aquieta, está pronto para outra.

Meu...de "Cacos de Vidro no Chão"
Bjos
K.

Maria e o espelho.

Maria acordou exausta. Os dias passavam e ela não sentia diferença nenhuma. Horas, minutos, segundos. Tudo igual.
Levantou foi até o banheiro , se olhou no espelho e se perguntou com uma honestidade cruel: Quem é essa estranha que me fita no espelho?
Eu não reconheço essa minha cara. De quem é essa pele cansada, esses olhos tristes, essa expressão dura?
Eu não me vejo assim, não pode ser eu. Eu ainda me sinto menina, e toda nova relação, é como se fosse minha primeira vez. Eu ainda tremo de antecipação, meu coração ainda bate descompassado, meu estomago embrulhado, não consigo comer nada. Eu ainda me visto com cuidado, me coloco disposta, disponível. Pinto as unhas, pinto os olhos, pinto as tristezas passadas.
Essa cara brava que me encara no espelho cisma em contar toda a tristeza que passou, todos os medos, as dúvidas, as rejeições. Ela me trai muito mais do que qualquer homem, porque conta a história que eu quero esconder.
Não sei mais o que fazer com essa cara feia. Acho que vou trocá-la por uma mais serena, em vinte e quatro prestações, no cartão de crédito emprestado por alguém que não tenha medo de sorrir.
Voltou para cama, se aninhou. O cobertor cobriu os medos.
Lá fora amanhecia um novo dia. Azul.
Ela prometeu que faria diferente.
Sorriu ao pensar nisso.
Amanhã ia finaciar o tal carnê.

Esses (os dois últimos e esse) são contos do "Cacos de Vidro no Chão" a primeira série que escrevi.
Vou postar alguns.
Kiss
K.

200 cigarros.

Laila resolveu mudar.
Prometeu que não ia mais se deixar magoar por homem nenhum.
A última relação terminara mal e de uma forma covarde, pelo telefone, a morte para alguém como ela que amava as palavras.
A relação terminou de forma rápida e curta, mas ela não podia reclamar, nessa vida “express”, até que durou bastante, se é que você pode chamar de muito ela abrindo o coração em e-mails sem fim e ele respondendo monosilabicamente quando achava necessário.
Ela resolveu que não iria mais se dar para homens cegos ou surdos, muito menos burros com o coração embrutecido. E decidindo isso se entregou heroicamente ao celibato.
Palavra idiota essa. Tinha até medo de repetir em voz alta, não queria trair sua decisão madura. Mas sabia que não responderia por si, numa dessas noites solitárias em que acabava se aninhando com estranhos, só pra não se sentir anestesiada.
Deixou de beber então, a bebida sempre fazia com que a outra, a estranha que morava dentro dela, viesse á tona. Afinal, uma celibatária não podia ter uma segunda personalidade caçadora, mas ela tinha, e tinha que conviver com isso. Esse conflito entre criador e criatura que a deixava desconfortável andando pela casa, sem nada para fazer.
Ele parecia muito feliz, político e bem sucedido, era irônico terminar uma relação com alguém que aparecia o tempo todo na TV. Deixou de assistir TV também, já não abria mais o computador, queria esquecer...
Às vezes ele aparecia em sonhos, e ela se obrigava a acordar porque tinha prometido não pensar.
Deixou de dormir também, não queria mais sonhar.
Começou a fumar descontroladamente.
Toda vez que pensava nele acendia um cigarro.
E se não fosse a dor no peito, os dedos amarelados de nicotina, a tosse insuportável e as profundas olheiras, poderia dizer que estava indo razoavelmente bem.

sábado, 22 de agosto de 2009

Os quereres.

João era fotografo, bem sucedido, viajava o mundo, não gostava de ninguém em especial, mas tinha uma queda por Virna. Virna era casada desde os tempos da faculdade, mãe de três filhos, não sabia da queda de João e não amava mais o marido. Lucas marido de Virna trabalhava em uma multinacional, e estava tendo um caso com a estagiária Norma. Norma era noiva de um rapaz da igreja, iam se casar no final do ano. Célia era a cunhada de Norma, gostava dela escondido e não sabia o que fazer, Miguel era vizinho de Célia, morava com a mãe doente e queria correr o mundo. Érica trabalhava em uma boate, tinha um caso com um senhor muito mais velho que pagava a faculdade, era amiga de Sandra que engravidou sem saber quem era o pai da criança, mas resolveu mesmo assim ser mãe.
Henrique sonhava em encontrar um grande amor na Internet, se colocou em todos os sites de relacionamento. Gisele vivia com a irmã, depois do fracasso do terceiro casamento, resolveu se dedicar a outra causa e fundou uma ONG para proteção de animais. Suellen vivia sozinha e queria ter coragem de se declarar para o melhor amigo de seu irmão. Caio.
Caio era gay. E só queria ser feliz.
Assim como Norma, Célia, Suellen, Carlos e todos os outros.
Assim como EU, como VOCÊ.

Os quereres são coisas engraçadas.
Sorte na vida?
Quereres recíprocos.

Bom sábado!

Bjos. K.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Sem Som.

Esse escrevi há um tempo atrás...mas achei bonito, postei.


Hoje estou em um daqueles dias parecendo cega no meio de tiroteio.
Estou inquieta,agitada, aflita. Eu sou geminiana, detesto ter que esperar.
Esperar coisas, esperar respostas, esperar momentos que acho decisivos chegarem.
Minha vontade é gritar aos quatro ventos, falar, falar, chamar.
Engraçado essa coisa feminina, ter que demonstrar (ou será que é só coisa minha?) Minha insensatez me diz para agir e num impulso ligo para o Gafanhoto e peço conselho. Essa é a vantagem de se ter um grande amigo homem.
Gafanhoto ouve pacientemente e o que me diz?
Para ter calma, agora não é hora de agir, é hora de pensar...
Minha cabeça vaga em várias direções...
Sim, não, talvez.
Acendo um cigarro.
Apago o cigarro.
Tomo um café.
Espero.
O relógio marca as horas, chove, faz frio, me sinto cansada.
Lá fora o vento arrepia a pele.
Me dá mais saudades.
Espero pacientemente o tempo passar.
Espero sinceramente que ele volte pra mim.

È bonito pensar que um verbo pode ser duas coisas.
Toda dubiedade me encanta.

Fim de semana.
Fim de fôlego.
Continuo feliz.

K.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Hoje.

Hoje amanheci feliz, não sei porque, estupidamente feliz.
Acordei de bem, comigo mesma, meus demônios saíram de férias e me vi leve, como há muito não me sentia.
Hoje nada me incomodou nem o transito, nem a chuva , nem as propagandas via telefone.
Hoje até doação para a LBV eu fiz e ainda tive paciência de escutar toda a longa explicação sobre o Natal (isso mesmo, Natal, das crianças da entidade.)
Hoje não lembrei de ninguém que me deixou triste, minto, lembrei, mas não senti mais tristeza.
Hoje quis ligar para amigos que estão longe.
Hoje senti vontade de ver a Casinha e dar um beijo na barriga grávidinha.
Hoje dei muita risada, com os outros e de mim mesma.
Hoje marquei uma nova tattoo com o Gafanhoto, para lembrar que hoje, foi hoje.
Hoje brinquei com meus cachorros e com os cachorros do vizinho também, e acho que eles sentiram que eu estava feliz, porque abanaram o rabo e fizeram uma sinfonia de latidos quando passei.
Hoje vi um beija flor na minha janela e a rosa que plantei deu sua primeira flor de um vermelho quase sangue.
Hoje falei pra grandes amigas que as amo. Mandei torpedos para dizer Oi pra quem não falava faz tempo. Dei todas minhas aulas rindo e fiz muito café e servi muito bolo para quem veio em casa.
Hoje acordei de bem comigo mesma.
Hoje eu acordei EU. Como há tempos não fazia, me olhei no espelho e me vi bonita.
Hoje, o dia foi bom e estou feliz por hoje.
Hoje, percebi que o dia foi feito para mim.

Então se puder desejar algo: Feliz hoje!!!

Para os amigos que se formam nesse dia...meu amor e carinho sempre!
Bjos K.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

LUA CHEIA.

Rótulos são coisas engraçadas. Dependendo de quem te conhece e do momento que você está passando na sua vida você pode ser rotulada de :
Sedutora,se está cheia de amor para dar... E aí, numa fração de segundo muda tudo, se você se encanta demais , ou fala muito, maluca.
Se você assume o que quer e diz em voz alta, perigosa.
Se não fala nada e espera o outro decidir, banana.
Tem dias que você acorda muito de bem com a vida, então você é a engraçada.
Em outros, você anda um pouco confusa,vira a perdida.
Se está totalmente focada no trabalho, obcecada.
Se passou por uma fase muito ruim e segurou bem a bronca, batalhadora.
Se teve uma vida com muitos altos e baixos e está agora em cima , vencedora. Mas se o contrário aconteceu, deprimida.
Se engordou muito depois da gravidez, largada.
Se entrou numas de malhar muito pra recuperar a forma, gatinha ou gatona dependendo de quantos anos você tem.
Se está de bem consigo mesma, metida.
Se está amando alguém e é correspondida , apaixonada.
Se está amando muito e não é, exagerada.
Se não está amando ninguém, amargurada.
Se gosta de sexo, facinha.
Se está numa fase de se resguardar, frígida.
Se quer ter muitos filhos, antiga.
Se não quer filho nenhum, egoísta.
Se quer um amor para vida toda, romântica.
Se quer amar vários e sempre, galinha.
Se bebe muito, fala alto e ri com vontade, escandalosa.
Se não bebe e ri baixinho, sem sal.
Todo dia acordo uma dessas aí. acho que todas nós temos nossos momentos. E todas já ouvimos um desses rótulos.
São muitos os nominhos para mulheres que são únicas, mas que passam por várias mudanças.
E na verdade, eles não significam nada. Eles não mudam o conteúdo da garrafa.
O vinho continua o mesmo. Mais encorpado talvez, mais doce ou mais seco dependendo do armazenamento, e do cuidado ao servir.
A vida vai trazendo as coisas e vamos nos encaixando como dá. Por isso a mulher tem quadris largos, para rebolar conforme a música.
É difícil ser sempre só uma, e além de difícil, é chato demais seguir regra e jamais mudar.
O bacana das mulheres é a imensa capacidade de transformar, moldar e mudar, a si mesmas e a sua volta também.
As mulheres mudam muito, mais até do que a lua.
Não é à toa, que chamam essas mudanças de fases. E que a Lua é substantivo feminino.
Hoje estou lua cheia.
Esperando algo grandioso acontecer.
Um eclipse talvez? Ah ia ser magnífico. O Eclipse!

"Um eclipse lunar é um fenômeno celeste que ocorre quando a Lua penetra totalmente ou parcialmente o cone de sombra projetado pela Terra .
Isto ocorre sempre que o Sol , a Terra e a Lua se encontram próximos ou em perfeito alinhamento, estando a Terra no meio destes outros dois corpos."

Pra quem sabe ler entrelinhas, está aí um alinhamento perfeito.

Mtos bjos.
K.

SILÊNCIO.

Qual é o significado exato do silêncio? O que pensar quando alguém que você considera importante simplesmente resolve não falar mais nada? E o que fazer numa situação dessas?
As mulheres tem grande necessidade de falar, de acordo com Robert Happé, as mulheres são seres intuitivos e os homens realizadores, no encontro dessa disparidade é que se forma a união do equilíbrio perfeito.
Mas se somos pólos distintos, como achar a o meio termo para um bom canal de comunicação? Quando um homem diz algo, ele quer dizer exatamente aquilo, mas as mulheres procuram significados escondidos, porque assim a natureza as fez. Somos seres investigativos e curiosos, para natureza prática masculina é complicado entender.
Um NÃO é mais fácil de aceitar do que o silêncio, porque o silêncio abre vazão para inúmeras interpretações, e as mulhers adoram o “se”
Amigas dão os seguintes conselhos:
-Talvez ele não atendeu o telefone porque está numa reunião importantíssima.
-Talvez ele não respondeu porque o computador está com vírus.
-Talvez coitado ele, esteja de cama por causa da gripe suína
-Talvez a vó dele pediu para levá-la no supermercado...
E a minha favorita do besteirol feminino;
-TALVEZ ELE TENHA MEDO DE VOCÊ!
Olha, nunca vi essa categoria de homem.
Homem não tem medo de mulher.
Homem pode não estar interessado, não ter tesão, não achar você uma deusa. Mas MEDO? Não.. A não ser que você tenha duas cabeças, ou seja a medusa, ainda não vi isso.
De todas as respostas femininas basta perguntar para um amigo homem.
-Porque ele não liga, responde, dá sinal de vidaaaaaa? PORQUEEEEE?
E seu AMIGO diz:
-Querida, ele simplesmente não está afim de você.
Então como não gostamos da resposta, voltamos ao universo feminino que nos consola, e nos apegamos a idéias muito lógicas : A casa dele pegou fogo, e ele teve que sair correndo só de toalha, o celular derreteu e ele perdeu seu número, por isso ele não liga...
Tão mais simples não?

Liga, telefona, manda e-mail ou pombo correio.
Faça ela feliz...Só hoje.

Bjos K.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

PONTO G.

EU estava lendo a revista NOVA e para quem não conhece é uma revista feminina que dá muitas dicas sexuais para a mulher, eu pessoalmente acho um pouco exagerado, mas a revista cumpre seu papel em informação.
Bom, voltando ao assunto, me chamou a atenção uma extensa reportagem sobre o “PONTO G”. Sim esse misterioso lugar onde grandes ondas de prazer acontecem. A revista dava dicas de como achar o tal ponto e como fazer bom uso dele. Ok, interessante, sugiro as mais afoitas um certo cuidado, as posições para achar o tal ponto são um tanto, malabaristicas.
O que me chamou a atenção mesmo, foi o fato de se dar tanta importância a um detalhe minúsculo dentro de um universo de pontos eróticos. Fiquei imaginado uma mulher que não achasse o tal ponto, frustrada, por não ter a chance de alcançar o tal nirvana prometido. Eu acho que sexo é mais ou menos como aquela propaganda de cigarro dos anos 80, venha para onde está o prazer. Pois é, eu acho que deviamos parar de tentar seguir regras, já são tantas no dia a dia e na nossa rotina social, e que o quarto, ou o chão, ou a pia, ou sei lá onde o povo gosta de namorar, deveria ser terra de ninguém Terra onde não existem regras nenhuma, só pequenos limites impostos pelo parceiro escolhido, para procurar mais prazer.
Ao invés de procurar o ponto G sugiro que comecemos pelo ponto A, seguindo o B,C,D,E..e assim por diante. Quando chegarmos no G já estaremos tão encantados com tudo que descobrimos que o ponto G só será mais um, no meio de um alfabeto infinito.
Quando o alfabeto acabar, favor recorrer ao alfabeto grego.. ALFA, BETA, GAMA, DELTA... infinitas oportunidades.

Á todos um ótimo dia..COM TODAS AS LETRAS!
Bjos K.

Entrelinhas.

Meu irmão me ligou preocupado, cuidador, queria saber se toda vez que menciono “Minha Amiga” no blog, se na verdade eu estava falando de mim. Queria saber se tudo que escrevo aconteceu comigo. Acho que essa é a dúvida de muita gente.
Ando bem contente com as respostas que venho recebendo sobre o Blog, muita gente se acha nas pequenas historietas aqui contadas. Então vou explicar como funciona.
Muitas vezes falo de mim, outras vezes de amigas queridas que procuraram socorro, alguns pontos são de conversas que ouço na rua, no ônibus, no transito , conversas de estranhos. Eu sou um ser que presta atenção no que os outros falam. Muita atenção!
Idéias vem do observar, e eu observo muito. Se alguém me conta uma história pessoal, eu foco minha atenção nos detalhes, na intenção por trás, no sentimento oculto, nas entrelinhas.
Eu adoro entrelinhas porque acho que é ali que se instala a emoção verdadeira.
Quando gosto muito de alguém, e andei beeeemmmm apaixonada um tempo atrás, eu mostro muitos detalhes de mim camuflados em brincadeiras, ou pequenas coisas, e sei que encontrei alguém especial de verdade quando essa pessoa consegue captar as sutilezas.
Eu sou detalhista, meu olhar é sempre pra aquilo que não foi exatamente dito. A Xexa diz que sou toda emocional, mas é esse tipo de linguagem que realmente mexe comigo.
Eu gosto daquilo que ninguém mais vê, daquilo que tem que ser procurado.
Então sugiro para quem lê o que eu escrevo, um caça ao tesouro.
Procure entre as palavras e você vai saber de quem estou falando. Às vezes é de você mesmo, eu mudo um pouquinho o cenário, mas as histórias são reais. Tempo e lugar não interessam, o que conta mesmo é o que se sentiu.
Procure aqui, com certeza você vai se achar. Se você faz parte da minha vida, uma hora ou outra, vai estar aqui. Escondido é verdade, como um segredo, que só é contado para quem merece.
Bjos
K.

SINAIS >#*¨"

Os sinais. Como interpretar a linguagem corporal de alguém de forma correta? São brincadeiras de duplo sentido brincadeiras ou tem algo por trás? Ui.
Como saber ao certo se entendemos aquilo que não foi dito com todas as letras?
Bom, eu sei que já entendi muitos sinais errados, que me colocaram em situações no mínimo engraçadas.
Tinha um bonitinho na faculdade, que vivia comprando café pra mim, atravessava o pátio só para dar “Oi”, segurava na minha cintura quando falava comigo e só conversava ao pé de ouvido. Minhas amigas o chamavam de “já ganhou”, e viviam fazendo piadinhas á respeito.
Pois bem, um dia, esse figura, me pega na escadaria, segura na minha cintura, encosta a boca no meu ouvido e me pergunta com a voz mais rouca: Loira, como faço para sair com sua amiga?
UIIIIIIIIIIIIIIIII? Como?
Isso mesmo!
Eu claro, quase caí do salto, mas me lembrei que sou muito, muito drag, e fiz cara de paisagem. Quando voltei para a mesa, as meninas estavam alvoroçadas.
-E aí?
-E aí? Bom Mi, ele quer sair com você amiga.
E ela: - Como assim? Ele nunca falou comigo em todo esse tempo, nem oi!
Pois é! Ele virou piada íntima do nosso grupo (em pé na bunda a mulherada é muito solidária) e também virou caso de estudo.
Virou de “já ganhou” o “já marquei”. A Mi não quis sair com ele, achou a atitude péssima.
Eu acho que olhares sedutores, mão no cabelo, mão na cintura, falar ao pé do ouvido, contar sacanagens (que fez, que quer fazer, fantasias com detalhes picantes) só se tiver outras intenções.
Acho desnecessário testar seu nível de sedução em alguém com quem você não quer nada.
Minha amiga me contou que um ex-ficante foi na casa dela, cheio de amor para dar, contou que fazia e acontecia com a mulherada, deu detalhes que deixaram minha amiga corada, falou de saírem, foi uma noite ouvindo sacanagem, rolou até convite para casa de Swing. Quando minha amiga falou que primeiro deveriam sair só os dois, pra ver se rola quimica, porque ela não sabia se estava preparada pra coisas assim, ele some e quando aparece diz que prefere colocar O FILTRO DA AMIZADE.
Olha, não sei que amizade é essa. Do ponto aonde esses dois chegaram, como voltar á uma fraterna amizade? Como voltar a falar de livros e filmes sem lembrar dos detalhes ardidos da conversa íntima? Ninguém é de ferro! Nem mulher!
Minha amiga me ligou totalmente sem graça e confusa, achando que se atirou pro rapaz. Que deveria ter sido mais boa moça e fingido não entender.
Opinião unânime de todas nós? TODAS MESMO!
Desencana querida,que é isso coisa de inseguranças de menino.
Não sabe brincar? Não desce pro parquinho.

Sinais... Tão bom saber mandar, saber receber, saber entender.
O amigo homem que tiver um bom manual pode mandar, todas iremos apreciar.

Hoje começa minha especialização na facul...
Me desejem sorte.
Bjos.
K.