terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Guarda chuva e Jet Ski

Durante muitos anos eu morei em Tel Aviv, cidade minúscula mas totalmente cosmopolita.... Praia, exposições, bares, shows, cinema, teatro e muita gente vindo de todo lugar. Fazíamos quase tudo á pé e só pegávamos ônibus para realmente cruzar a cidade.
Hoje em são Paulo, me pergunto sinceramente o que estou fazendo aqui. Todo mundo diz que essa é uma cidade que nunca dorme, é verdade, mas também é uma cidade onde 12 km de distância e você pode talvez passar meses sem ver a pessoa que lhe interessa.
Hoje é um dia onde ninguém vai encontrar ninguém, estamos ilhados, caos geral, estado de alerta, só está bem quem está em casa, sozinho.
Hoje os amores não vão se abraçar, os amigos não vão fazer happy hour, os trabalhos da faculdade não vão ser entregues, os empregados não vão conseguir manter o prazo do projeto. Se você resolveu nascer justo hoje, nessa cidade, é bem provável que você nasça no carro. Coisa nada glamorosa, se bem que vai lhe render seus 15 minutos de fama instantânea no noticiário na TV. Cidade Alerta, quem quer ser famoso por isso?
Nada funciona na cidade que nunca dorme, qual é a vantagem? Qual é a sincronia de se sentir sozinho na multidão?
Quero ver meu querido. Ele está de um lado, eu do outro, seria mais fácil se morássemos em países diferentes.
São Paulo afasta os amores.
Saudades das tardes mornas em Tel Aviv, vendo o por do sol da janela de casa...
Saudades de estar perto de quem quero bem.
Aquilo sim é que era vida.

bjos pra todos
K.

2 comentários:

  1. Karin, veja o lado bom da coisa: em Sampa não há risco de explodir uma bomba na rua...rs...bjão, tchau

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  2. Anônimo12/1/10

    ai que saudades de Tel Aviv !
    também são paulo, me poupe !
    beijos,
    nando

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