segunda-feira, 17 de maio de 2010

Só o pó.

Virada Cultural.
Pois é, a cidade ferveu...
Nós andando de madrugada de cima para baixo, conversando com estranhos, dançando com gente que nunca vimos antes, bebendo, dando muita risada...
A cidade compareceu em peso ,todo tipo de gente, todo tipo de música, todo mundo junto...
Sidnei Magal e sua cigana Sandra Rosa ainda levantam a galera.
Me esbaldei.
Passamos a noite inteira interagindo com pessoas muito diferentes de nós. Coisa que no dia á dia teriamos medo de fazer...
O centro, que durante o ano é um lugar de difícil acesso, ontem se transformou no coração da cidade...
As luzes, a música, as pessoas davam ao evento uma batida única...As ruas , sem carros.
A cidade continuava barulhenta como sempre, mas agora com um som muito diferente.
Chopin voador?
ABBA?
Velhas virgens?
Música eletrônica?
Me acabei de dançar.
Ás vezes é dificil lembrar porque moramos em São Paulo.
Em noites de virada, é fácil entender porque ainda amamos a cidade.
Virei a noite na virada, quando amanheceu foi que decidimos ir para casa...O nascer do sol no centro velho ainda é bonito de se ver.
Começo a semana acabada, mas muito feliz.
Só quem mora aqui pode entender que de vez em quando:"alguma coisa acontece no meu coração"...
E assim como a cidade mostrou, tenho certeza de que tudo pode acontecer.
Existe ainda a tal poesia.
Basta saber olhar...
Boa semana.
Bjos
K.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Tofú.

Na correria do dia a dia, ás vezes é impossível conseguir falar com quem se gosta de forma corriqueira. Por isso uma amiga e eu temos a mesma operadora de celular e usamos um plano especial com torpedos ilimitados, o que nos permite usar o celular como um MSN.
Passamos horas conversando. No transito, entre aulas e reuniões, falamos dos filhos, da família, das situações diárias e óbvio, também falamos muita bobagem e damos muita risada ao longo do dia.
Ontem não foi exceção. Estava eu, morta de frio, dez horas da noite, oito aulas seguidas, cheia de fome (meu almoço tinha sido uma barra de cereal), quando resolvi ( uma brilhante decisão!) comprar um milhozinho para tapear o estomago ..( nota pessoal: se você, assim como eu, usa aparelho fixo nos dentes, não faça isso.) Quando dou por mim, lá vai meu onibus embora, e eu teria que esperar pelo próximo pelo menos outros 30 minutos, cheia de milho nos dentes.
Um verdadeiro glamour!
Resolvo dividir isso com minha amiga velha de guerra, e ela me diz que isso era um momento TROFÉU TOFÙ!.
Me peguei as gargalhadas no ponto de ônibus.
Troféu Tofu? Ótima! Não poderia ter achado melhor nomenclatura para aquele momento.
Instaurado oficialmente o tal troféu, resolvemos matar o meu tempo de espera nomeando quem era o meu Tofù do mês...
Disparado ganhou um fofo, que deu ataque comigo, porque no dia em que saímos ele estava um pouco febril e á quem meu bom humor, irritava profundamente .Ele considerava isso, um claro sinal da minha insensibilidade com a doença(?????) dele.... Ora, vejam bem, como o querido em questão, já tem quase quarenta anos, eu achei que ele já tivesse pego um resfriado alguma outra vez na vida, e que soubesse que não se morre disso.
Ele ficou nervoso, eu achei graça, ele ficou mais nervoso ainda.
Mau humor em motel? Troféu Tofù total.
No caso da amiga do celular, ganhou um bonito, que sabe que é bonito, e por causa disso acha que não tem que se esforçar muito para ser gentil. Ele esqueceu que para homem, atitude é algo bemmmm mais importante que uma carinha bacana. Ficou feio e chato. Troféu Tofú nele!
Qual é o seu trofèu Tofú do mês?...Pense a respeito e tenho certeza de que na hora que você premiar o tal momento, tudo vai deixar de ser desagradável para ser no mínimo engraçado.
Passamos o dia engolindo sapos e mesmo assim dando risada...
Acho que todas nós temos um momento Troféu Tofú que coroa nossa semana ou mês....
Eu ainda estou rindo sozinha...
O troféu pode ser Tofú, mas tudo bem, quem vai comer não sou eu.
Para uma semana cheia de coisas deliciosas.
Atchim!
Bjos
K.

domingo, 9 de maio de 2010

A Guia.

Ele pediu pra ela ligar.
Ela ligou.
Tudo bem que ele insistiu pra ela telefonar depois das 16:00, mas ela era muito ansiosa e não agüentou esperar, ligou na hora do almoço com uma desculpa e um convite de um restaurante que queria conhecer, já na ponta da língua.
Do outro lado do telefone atende uma voz de mulher: - Quem quer falar com ele?
É a irmã ou a mãe ela pensou.
- É a Adriana, respondeu super gentil (è sempre bom causar uma boa primeira impressão na família .)
-Adriana de onde?- Pergunta uma voz brava do outro lado.
-Da Pinacoteca...Ela responde já sem graça.
-Que Pinacoteca? A outra deve com certeza ser a mãe, e um pouco desatualizada coitada!
-Da exposição de arte! Começou a perder a paciência.
-De que dia? A voz da outra passa de alterada á quase gritando.
- Desculpa, ele está ou não? Ela também desce do salto, odeia gente grossa. Foda-se a primeira impressão.
-Ele não está, mas eu sou a esposa dele, posso ajudar ?– Desafio na voz.
-AAaacho que, que, que sim- responde Adriana rápida, gaga e meio sem ar.
-Estamos fazendo uma pesquisa sobre os cidadãos de São Paulo e sua relação com a Pinacoteca do Estado.
-Ahhhhh, eu nunca estive lá - a outra baixa a guarda- É um lugar bonito?
Adriana, a tola, passa os próximos quinze minutos explicando a instalação.
Desliga o telefone com vontade de chorar.
Olhos negros são uma droga de decifrar!
Raios, raios, raios!
Na próxima vez que um lindo se aproximar, assim, sem mais nem menos, e começar um papo bobo que acaba levando de um café e para um jantar romântico, Adriana vai primeiro se certificar se todo aquele charme não tem uma cara metade esperando em casa.
Mas , dos males o menor.
Não tinha se apaixonado e encantamento é uma coisa que passa rápido.
Se fosse pensar muito desprendida, ainda tinha dado pra uma total desconhecida a dica de um lugar maravilhosos pra se estar...
Nem que seja sozinha.

Boa semana.
Bjos
K.