sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Colher de Pau.

Todo mundo conhece um casal que ninguém entende.
Normalmente a matemática é assim: Um é muito bacana e querido por todos e o outro um babaca,  fofoqueiro ou um ciumento desequilibrado.
A equação é tão bizarra, que faz com que todos os amigos do lado do ser bacana se perguntem se ele enlouqueceu.
Normalmente essa relação é conturbada e dá o que falar. Acaba sendo assunto em mesa de bar, em batizado e em jantar formal de família. Todo mundo tem na ponta da língua um evento desagradável pra contar. Uma situação saia justa, um mal estar.
Até aí, tudo bem, os roxos que se entendam não?
Nãoooooo!
Normalmente numa dinâmica assim, o casal costuma fazer dos amigos, confidentes ou  testemunhas oculares da disfunção mútua.
Os coitados (dos amigos) que não tem nada a ver com a estória. acabam arrastados no mar de lama do relacionamento.Viram refêns do casamento alheio. Ouvem detalhes íntimos, ficam a par de tudo que não necessitavam saber e ainda descobrem que o outro, aquele que não está ali no momento, falava de você, da sua mãe, do seu irmão, até do seu cachorro quando vocês não estavam presente, sem vocês nunca terem dado motivo, é óbvio.
Quebram-se taças, jogam-se porta retratos e os pobres amigos de um lado ao outro correndo para dar ombro, para dar conselho, para dar abrigo, para colocar band- aid.
Aí, um belo dia, quando é de opinião unânime de todos ( sim todos, porque agora são pelo menos 15 pessoas se relacionando) que esse casamento acabou, não há mais volta, que será melhor para ambos seguirem seu rumo,que a vida segue em frente, encontramos a dupla em um restaurante,arrulhando feito pombos, com arroubos de demonstrações públicas de afeto, com juras de amor eterno, como se nada, absolutamente nada tivesse acontecido.
Uma cena tão surreal que acreditamos estar num filme francês.
Tudo bem....
É a vida!
Ufa, acabou!
Cada um sabe de si.
O que importa é que eles sejam felizes não?
Calma, não é tão simples assim.
Lembra daquele fulano, o bonzinho, o coitadinho, o vítima?
Pois é, ele agora se sente renovado e com peito estufado de uma coragem  momentânea ainda vira para os bons amigos, aqueles que estavam ali na tempestade fielmente catando caquinhos e brada:
- Essa pessoa comigo é minha cara metade, quem não aceita, está fora!
Pausa para respirar bemmmmmmmm fundo.....
Moral da história?
Sábias eram nossas avós que diziam que em briga de marido ou mulher não se mete a colher...

E em nota muito pessoal:
Se você escolhe viver com um louco, talvez você não seja tão vitima assim...
Somos sempre responsáveis pelas escolhas que fazemos. E as pessoas que escolhemos para viver ao nosso lado são espelhos fragmentados de quem somos, de verdade

Bom finde pra gente do bem.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

UMA BISCATE POR FAVOR!

A nova obsessão nacional é a suposta referencia á sexo anal feita pela virginal Sandy.

Na Inglaterra violência nas ruas.
Nos EUA quebra na bolsa.
No Brasil a grande repercussão é se a boa moça faz ou não faz.
Eu estou aqui achando muita graça de tudo isso. E a graça vem ao notar como são bobos ás vezes os desejos masculinos. Antes que isso dê confusão eu explico: se eu fosse homem, eu ia querer uma biscatona pra namorar, eu jamais iria me apegar á  moça virginal que não conhece nada. E explico mais, homem que assume uma biscate, é homem feliz.
A mulher Biscate já teve outros na vida, ela está com você por escolha própria, é com você que ela quer ficar. E experiente como é, ela está declarando ao mundo que você, o eleito, é absolutamente magnifico.
Pode andar por aí com peito estufado, você meu amigo ganhou atestado de "Fodão"!
Já a  virgem sem experiencia está ao seu lado porque não conhece outra coisa e se não gostar muito, vai sempre fantasiar com um Ricardão.
A biscate fantasia com você e te inclui de bom grado na brincadeira.
Homem tem medo de biscate porque acha que vai virar corno...
Não vai.
Biscate que é biscate fica com você por bel prazer e antes de sair, se não tiver mais feliz, tem aquela conversa séria olho no olho, aquela dolorida do " Não te amo mais".
(Tenha certeza querido, você vai ser sempre o primeiro a saber.)
A mulher Biscate é discreta quando se refere a sexo,ela não dá detalhes, deixa subentendido, faz graça, fala em duplo sentido, nunca conta nada do homem escolhido, ri alto, tem um monte de amigos homens e bebe com eles em mesa de boteco.
* Favor não confundir com piriguete, categorias com anos luz de diferença...A mulher Biscate nunca vai ser pega dançando funk , ou na boquinha da garrafa, nunca vai fazer piada sobre o orgão masculino. Nunca vai sair sem tesão por posição social.
A Boa Moça, fala mal de homem para as amigas e para mãe, conta segredos intimos em tom de chacota, usa sexo como arma de troca, mas gosta de sair em foto em coluna social acompanhada do tal.
E tem um monte de amiga igual!
A mulher Biscate discute filme espanhol, gosta de arte e fala várias línguas e um monte de palavrão também. As vezes exagera ao se expressar, fala demais, bebe acima da conta e briga com você e por você.
A Boa moça, mantem a opiníão pessoal em sigilo e só diz aquilo que você gostaria de ouvir, um ar morno.
A Biscate se interessa por várias coisas ao mesmo tempo e se interessa sempre por você e mesmo que esteja sem grana, não necessita de ninguém para pagar suas contas, ela se vira e acha graça disso.
A mulher Biscate é sempre uma mão na roda, se emociona com o sofrimento alheio, fica feliz pelos outros, gosta de bicho e de gente.
Companheirona, fica ali se a casa cair.
A Biscate não vai te largar nunca por um carro importado. Ela vai andar de fusca amarradona (e se você a tratar como mulher de verdade meu amigo, você vai ser eterno Rei!).
Mulher Biscate adora gentileza misturada com safadeza ao pé de ouvido e odeia erro de portugês.
Na próxima vez que você cruzar uma Biscate no seu caminho, pega aquela outra, a boa santa e coloca ela no devido lugar (no altar.)
Aproveita reza e agradeça sua boa fortuna.
Convida a Biscate pra um filme Sueco e um jantar Japones, ou uma breja num boteco, tanto faz!
No fundo, na hora do vamos ver a mulher Biscate é pra amar...
Já moça Santa, só serve pra reverenciar.
Como você quer viver?
Bjos
K.

sábado, 6 de agosto de 2011

Hoje fez sol, pensei em você!

Muitas vezes  me disseram que tudo na vida é aprendizado e eu sempre bati de frente com essa forma de pensar.
Mudei de idéia.
Hoje acho que passamos exatamente por aquilo que precisavamos, mesmo sem saber.
Percebi que não notamos que precisamos mudar um padrão, não sabemos que insistimos em algo, até a história se repetir de novo e de novo e de novo.
Estou começando a perceber que as vezes coisas ruins acontecem com pessoas bacanas, porque as pessoas bacanas não aprendem a lição e que existe um padrão de comportamentop nocivo que nos leva á buscar sempre o mesmo tipo de experiencia.
Parece que não, mas a gente se testa, naquilo em que  tem menos certeza.
A gente se testa na própria fraqueza.
Não adianta chorar porque não deu certo, tem que entender o porque não deu certo.
As vezes não deu certo porque nós mesmos nos sabotamos. Achamos que aquela situação bacana vai dar errado lá na frente e por medo de sofrer é melhor cortar agora.
Quantas coisas bonitas deixamos de experimentar por puro medo?
No trabalho, na vida amorosa, na convivencia com os outros?
Deixamos que aquela voz interna fique repetindo que é roubada, que é errado, que é mancada e fugimos, pro conforto do conhecido, que na verdade já não acrescenta mais nada.
Tem coisa mais assustadora do que largar tudo aquilo que é familiar e se lançar de peito aberto pra o desconhecido? Acho que não!
Um pular de para-quedas emocional...
Mas a sensação que se tem quando  esse medo é descartado e finalmente descobrimos do que somos realmente feitos, do que somos capazes..é indescritível!
Reconhecer o tamanho daquilo que desejamos, é o maior enobrecimento pessoal.
 É dizer pra sí :
-Eu mereço coisas lindas, pessoas bacanas, momentos incríveis, porque isso reflete aquilo que carrego no peito.
Quando se reconhece isso, meu amigo, não tem mais volta.
( Ainda bem!)
E o mundo agradece e conspira também á seu favor.

Pq merecemos
( Esse vai pro Dani)
Que mora tão longe e está sempre tão perto.

Bora viver?
Bjo
K.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O Balcão da Nossa Antiga Casa.

Passei um tempão sem conseguir escrever...
Não foi falta de vontade, mas uma desorganização interna tão grande que não conseguia sentar e colocar as palavras em ordem.
Eu, quando fico quieta, ou estou amando, ou estou sofrendo.
Não vou dizer qual foi, mas posso contar que esse periodo em silêncio serviu para pôr a casa em ordem.
Já tinha ouvido falar mil vezes em crise de identidade, a crise dos trinta, dos quarenta... Nunca dei muita bola para isso, mas estou inclinada a achar que realmente existe.
Penso que não é bem uma crise, mas sim uma vontade imensa de sentar, olhar para trás e aceitar que o tempo passou, que seu passo mudou e que talvez essa mala enorme que você carrega ao longo do caminho, não seja assim mais tão necessária.
Reciclagem é a grande palavra de ordem.
Não deixamos de gostar de certas coisas, apenas aprendemos que em excesso, não faz bem.
Não deixamos de gostar de certas pessoas, entendemos que a vida aconteceu, e nesse momento não existe nada mais que ligue vocês, só um passado bonito, que vale ser lembrado, mas que é impossivel e improvável ser (re) vivido.
A grande força que vem com o tempo, é saber abrir mão daquilo que estamos mais acostumados. Deixar o cobertor de segurança cair e criar coragem pra começar de novo e de novo se necessário, sabendo que apesar do medo, somos capazes de enfrentar mais esse desafio, porque é apenas mais um, de tantos ainda que virão.
Talvez a maior prova de amor seja deixar ir.
Não se segurar desesperadamente em lembranças que já estão desbotadas de tanto que foram usadas.
Uma caixa puída pelo tempo.
Um empalidecer amoroso.

Amigo..Falta cor naquele balcão iluminado de nossa casa. Aquele onde nós sentávamos para sonhar.
Lembra? De lá podiamos ver o mar.

Quando não resta mais nada a falar, quando não existe mais nada pelo que brigar, quando a voz cala embargada, é momento de dizer adeus.
Se formos otimistas ( eu sempre fui ,você sabe)
e se tivermos fé...(não te contei mas aprendi a rezar)..
Podemos até dizer:
- Até breve!
As estradas que me levaram até você são infinitas.
Que você seja feliz
(meu querido). 

E eu também

Respira fundo e sorria!
bjos
K.