domingo, 16 de agosto de 2009

SEMPRE.

Quem me conhece á fundo sabe que sou totalmente família. Ninguém imagina isso, mas é verdade. Eu sou fa-mi-lia!
Eu acho que família é a casa pra onde você volta depois de tudo.
A minha é um pouco estranha. Somos barulhentos, brigões, meio esquisitos, muito tatuados, falamos bobagens, temos humor bizarro, ás vezes bebemos demais, somos muito exagerados, mas somos muito, muito unidos.
Meus irmãos são importantíssimos na minha vida. Eles são parte vital de mim.
Eu cuidei deles pequenos e hoje eles me ajudam a criar meu filho.
Quantas vezes o Peter não acordou de madrugada ( músico, só volta para casa lá pelas cinco da manhã) para levar meu filho pequeno na escola, melhor ainda, sem reclamar. Quantas reuniões de pais ele foi no meu lugar, quantas discussões por mau comportamento, notas , civismo ele não teve com meu filho?
Klaus leva meu filho, hoje adolescente, em ensaios da banda dele ( sim outro músico), sai com o menino nas baladas, leva em shows, se hoje meu filho fica difícil de lidar, sempre posso ligar para o tio para me ajudar e conversar com ele...
Pro meu filho, os tios são praticamente super heróis.
E acho que eles merecem esse título.
Nós irmãos temos um código secreto, é o momento Oráculo, discussões entre nós três onde tudo, tudo pode ser dito.
No momento Oráculo são discutidos assuntos delicados, dolorosos, sempre com um dos três de mediador (justiça seja feita, normalmente o mediador é o Peter, porque Klaus e eu somos mais explosivos), nada do que foi discutido num momento Oráculo pode ser discutido fora da circulo de confiança, o Oráculo é nosso confessionário, muito secreto e pessoal. Nosso pacto de fidelidade.
Eu sei que não importa o que aconteça, sempre posso contar com meus irmãos, seja num momento de muito medo ou de extrema alegria, eles sempre estão ali para mim.
Nós brigamos muito uns com os outros, mas somos três contra o mundo. Como diz o Sensei, nós não somos irmãos, somos uma máfia.
Nosso pacto de confiança é absoluto, meus irmãos estão comigo, não importa o que. Eles sabem tudo á meu respeito, minhas falhas, meus medos, minhas inseguranças, minhas burradas, e eu deles. E nosso amor é absolutamente inabalável.
Peter mora hoje na Argentina, mas ligo direto, de madrugada, e pergunto o que fazer. Se estiver magoada ou levei um pé, ou se me apaixonei de novo, ele sempre sabe. Quero sempre dividir com ele. E ouço, presto atenção, porque quem te ama, sempre tem cuidado ao lidar com aquilo que é importante para você.
Vejo às vezes famílias brigando por dinheiro, herança, coisas materiais, nunca entendo. Conosco não existe isso, somos três, mas poderíamos ser um só.
Totalmente distintos em personalidades, Peter é o calmo, Klaus o explosivo, e eu a exagerada, mas tudo misturado e dá uma bebida boa de beber, muito doce, mas altamente forte. Aconselha-se a consumir em moderação, com risco de viciar.
Quem tem um amigo em nós três, sabe que é para vida toda.
Que o diga o Gafanhoto, nosso quarto mosqueteiro.

Saudades de sentar com meus irmãos no boteco e dar risada.
saludos..
K.

Um comentário:

  1. Esse papo de família só muda de endereço. E sempre termina mais ou menos assim: você briga com sua irmã e o vizinho reclama do barulho que estão fazendo ! Então vocês se unem para brigar com o vizinho !
    Saudações fraternas,
    Rod

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