quinta-feira, 30 de julho de 2009

Independência ou Morte.

A Carlinha me disse que quando ficar velha vai ser daquelas senhorinhas totalmente sem noção, do tipo que usa luva e anel , chapéu e flor no cabelo e guarda chuva em dia de sol. Eu entendi totalmente, e achei o máximo, porque acho que um dos benefícios de envelhecer é esse. Fazer o que quiser.
Eu espero que quando meus anos começarem a realmente pesar, que minha cabeça continue boa, espero que meu pensamento esteja claro, cristalino, porque meu desejo é morar num sítio, rodeada de cachorros (como Hilda Hist), escrevendo contos eróticos.
Isso mesmo, quero ser uma velhinha que conta todos os detalhes íntimos daquilo que já ouviu, sonhou ou viveu, quero mexer com quem ainda está vivo! Quero que minha imaginação possa voar solta, sem a preocupação do que vão pensar. Acho o máximo a independência que a idade dá! A quem vou ter que responder? Meu filho? Ele está mais do que acostumado comigo e só por via das dúvidas já vou avisando... -David, quando eu ficar muito velha vou falar tudo que eu quiser. Ele ri, acha graça, mas passado cinco minutos sempre me pergunta:
-Mãe você está falando sério não é?
E eu respondo o mesmo que vou dizer aqui:
-Quem viver, verá!
até mais...K.

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