sábado, 18 de julho de 2009

Cuidado ao atravessar.

Eu não dirijo, o trânsito, os motoboys, o barulho, a correria me incomodam.
As pessoas vivem me cobrando isso. Não tem um aniversário que alguém não me pergunte :- E aí quando você vai tirar carta?- Eu não vou!
E todos me olham espantados e dizem : - Como uma mulher que morou tantos anos fora do país e foi mochileira, tem medo de dirigir?
Ora, o que tem uma coisa a ver com a outra? Essa pergunta me soa tão peculiar como:- Você está com uma espinha na testa e vai andar de elevador?
Eu não dirijo, não gosto, me estressa, me deixa em constante estado de paranóia. Cheguei numa idade em que assumo quem sou, é maravilhoso ter 40 anos.
É poder dizer ;- “Eu sou assim, e não quero isso ou aquilo”. É uma idade onde não mais fazemos as coisas porque queremos estabelecer um elo com os amigos, ou porque queremos impressionar alguém. Eu não dirijo e pronto.
Não sei porque tanta cobrança. Porque todos devemos ser tão multifacetados? Eu criei meu filho, moro sozinha desde os 16 anos, trabalho, falo línguas, sou mãe, dona de casa, irmã, amiga, amante, companheira, ombro amigo, professora, aluna, mulher, menina, autora, leitora...Só não quero ser motorista.
Eu quero fazer aquilo que me dá prazer, quero viver de forma que meus dias sejam bons, quero poder começar e terminar minha semana de forma tranqüila, quero poder olhar pra trás e dizer sempre que valeu a pena.
Eu não dirijo. Com certeza é bom para mim e é também saudável para os outros, acho que seria uma motorista desatenta.
Eu quero poder ter controle da minha vida e fazer o que eu quiser. Eu não dirijo carro, mas tenho nas mãos a direção dos meus desejos e já está bom demais!
No resto, eu vou de táxi...e tanto faz.
By K.

3 comentários:

  1. Detalhe: vc dizia que seria a 1ª mulher a ser a piloto principal no rali Paris - Dacar. Acho que não vai dar! rsrs

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  2. Hahaha...verdade, mas ainda é tempo de vc guiar e eu ser co-pilota!! uia!!!

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  3. Karin, sua espontaneidade continua a me surpreender. Bjão, tchau
    Robertino

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