A primeira série de contos que escrevi tinha como título “Cacos de Vidro no Chão”, nota-se pelo nome que não eram exatamente momentos tranqüilos na minha vida. Escrever sempre foi uma necessidade minha, desde menina, sou daquelas que tudo que vive ou ouve acaba em um pedaço de papel. Qualquer pedaço serve, ás vezes escrevo em papel de pão se não tiver outra opção. Os contos do “Cacos de Vidro” mostrei somente para pouquíssimos amigos, era uma coisa tão íntima e visceral que cada vez que alguém lia eu me sentia despida. Mas foi graças á esses contos que resolvi começar o Blog.
Escrever é quase uma terapia, e não importa o que me aconteça, quando coloco no papel é uma forma cristalina de poder avaliar a emoção.
Já escrevi algumas cartas de amor, e nem sempre foram levadas á sério, mas na verdade, por trás de cada letra que escrevo tem um sentimento escondido ou revelado. Escrever é desnudar o sentimento.
Eu sempre digo coisas entre linhas, deixo pistas, revelo segredos.
Quem sabe me ler bem sempre se encontra entre uma vírgula e outra, porque quem me importa aparece sempre em meus escritos e mesmo que ás vezes eu pareça perdida, escrevendo eu tateio e acabo achando uma saída.
Escrever é uma forma de manter o equilíbrio entre o ser e o fazer. E me mantém com os pés no chão.
K.
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