Meu corpo te espera, nesse constante passo marcado.
Vem, vem ele diz...
Engraçado que eu, que não uso relógio, tenho dentro de mim o compasso perfeito para marcar as horas da tua ausência.
Começa no peito e vai descendo, descendo, até estourar no ventre, como um alarme, uma bomba relógio pronta para explodir.
Mecanismo estranho esse meu. Silencioso para você, mas uma sinfonia para mim, que me pega aturdida, enlouquecida e não me deixa dormir.
Eu vivo com esse relógio interno, esperando você vir acertar as horas.
Se você não vem, eu acerto com outro até você voltar.
E os minutos? Ah esses ingratos! Eles demoram a passar.
Lembra? K.
Nenhum comentário:
Postar um comentário